Produção Industrial Brasileira Recua pelo Segundo Mês Consecutivo
A produção industrial brasileira enfrentou uma nova queda no mês de fevereiro, registrando um recuo de 0,3% em relação ao mês anterior.
Essa retração segue o declínio de 1,5% já observado em janeiro.
Os dados foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) por meio da Pesquisa Industrial Mensal, nesta quarta-feira, 3 de março.
Esses resultados contrariaram as expectativas da maioria dos analistas do mercado financeiro consultados pelo Projeções Broadcast, que projetavam um crescimento médio de 0,3%.
A economista Claudia Moreno, do C6 Bank, avaliou que esses dados indicam um cenário de ritmo fraco para o setor ao longo do ano, contribuindo pouco para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) em 2024.
Um ponto de destaque foi a alta pelo segundo mês consecutivo na indústria de bens de capital, que cresceu 1,8% em fevereiro, após um salto de 9,3% no mês anterior.
No entanto, Claudia Moreno ressaltou a volatilidade desse segmento e a incerteza quanto a uma recuperação consistente.
A produção de bens de consumo duráveis também teve um desempenho positivo, com crescimento de 3,6% em fevereiro, marcando o terceiro mês consecutivo de expansão.
Esses indicadores sugerem uma recuperação gradual das atividades manufatureiras mais sensíveis às condições monetárias, conforme destacado pelo economista Rodolfo Margato, da corretora XP Investimentos.
Apesar do cenário de perda de dinamismo no início de 2024, o gerente da Pesquisa Industrial Mensal no IBGE, André Macedo, observou que o recuo em fevereiro foi menos acentuado do que em janeiro.
Além disso, a queda na produção industrial foi menos disseminada entre as atividades investigadas.
Um dos fatores que contribuíram para o mau desempenho foi o setor extrativo, com recuos significativos nos meses de janeiro e fevereiro.
Por outro lado, alguns setores, como o de veículos automotores e celulose e papel, registraram crescimento na produção, sugerindo uma reação positiva em meio ao ciclo de redução na taxa básica de juros.
Apesar das perspectivas de juros menores em 2024, a Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) ressalta a necessidade de apoio da política fiscal para impulsionar a recuperação do setor industrial, destacando a importância de um ambiente fiscal crível para estimular o investimento e o crescimento econômico.
Foto: Internet
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