“Desafios na Construção Civil: Queda no Setor em 2023 e Projeções para 2024”
O setor da construção civil enfrenta desafios em 2023, com uma desaceleração significativa em comparação ao ano anterior.
Segundo dados da Cbic (Câmara Brasileira da Indústria da Construção), a projeção de crescimento inicial de 2,5% no início do ano foi revisada para 1,5% em julho, mas agora indica uma queda de 0,5% até o final do ano.
No terceiro trimestre de 2023, o PIB da construção registrou uma queda de 3,8%, o pior resultado desde o segundo trimestre de 2020.
A explicação para esse cenário inclui fatores como as elevadas taxas de juros no país, o término do ciclo de pequenas obras e reformas iniciado na pandemia e a demora na divulgação das novas regras do Minha Casa, Minha Vida.
Apesar desse contexto, as obras de infraestrutura, como projetos de saneamento e construção de rodovias e estações de metrô, ajudaram a sustentar o setor.
A proximidade das eleições municipais em 2024 também impulsionou a contratação de profissionais, resultando em quase 30% a mais de contratações entre janeiro e outubro em comparação ao mesmo período do ano anterior.
No entanto, a expectativa é que o preço dos imóveis aumente acima da inflação em 2024, devido ao baixo estoque, custos elevados e ao fim da desoneração, que encarece a mão de obra.
A desoneração da folha de pagamento, que beneficia vários setores da economia, incluindo a construção civil, está em discussão, e a possível interrupção pode impactar negativamente os custos trabalhistas.
Apesar dos desafios, a construção civil continua sendo uma importante fonte de empregos no país, representando mais de 14% do total de novos empregos formais até outubro de 2023.
Entretanto, há preocupações de que o percentual possa diminuir no próximo ano com o fim da desoneração da folha de pagamentos.
A perspectiva para 2024 inclui um crescimento de 1,3%, com a expectativa de que o Banco Central continue reduzindo a taxa básica de juros (Selic) e um novo ciclo de lançamentos pelo Minha Casa, Minha Vida e obras pelo Novo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento).
Contudo, os desafios persistem, incluindo o baixo ritmo de crescimento da economia brasileira, os baixos investimentos, o endividamento das famílias e os juros, que, embora em queda, permanecem em patamares elevados.
O setor busca estabilidade para manter empregos, investir e ganhar competitividade.
FOTO: internet
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