Inadimplência bate novo recorde e atinge 64,87 milhões de brasileiros
Segundo um levantamento realizado pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), divulgado nesta segunda-feira (21/11), este é o novo recorde da série histórica da pesquisa, realizada há 8 anos
Quatro em cada 10 brasileiros estavam em situação de inadimplência em outubro, o equivalente a 64,8 milhões de pessoas, segundo dados da CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas) e SPC Brasil (Serviço de Proteção ao Crédito) divulgados nesta segunda-feira (21). Na faixa etária entre 25 e 39 anos, esse percentual é ainda maior, alcançando quase metade da população.
De acordo com a entidade, essa inadimplência é um novo recorde da série histórica do levantamento, que foi iniciado há oito anos. A pesquisa mostrou ainda que o volume de consumidores com contas atrasadas subiu 9,24% na comparação com outubro de 2021.
Os dados abrangem informações de capitais e interior de todos os estados brasileiros.
“O brasileiro ainda sente no bolso os efeitos dos últimos aumentos das taxas de juros e dos preços dos alimentos. Apesar de a inflação ter diminuído, no dia a dia isso ainda não é sentido nos produtos de consumo básico, que seguem aumentando”, afirmou o presidente da CNDL, José César da Costa, no material de divulgação do levantamento. “Esse cenário impacta diretamente no orçamento familiar.”
De acordo com os números, a faixa etária entre 30 e 39 anos é a mais representativa, representando 23,92% do total, com 47% do total de brasileiros com essa idade em situação de inadimplência. Em setembro, esse percentual era de 43,8%.
Na faixa etária entre 25 e 29 anos, 49,2% dos brasileiros estão inadimplentes, contra 46% do levantamento anterior.
“Até agora o consumo foi garantido pelo ímpeto do pós-pandemia e por estímulos fiscais, mas esse ritmo deve enfraquecer”, avaliou o presidente do SPC Brasil, Roque Pellizzaro Junior. “A expectativa é de que esse cenário de inadimplência se mantenha nos próximos meses. Por isso, o consumidor deve se manter atento aos gastos e utilizar o 13º salário com muita responsabilidade, priorizando o pagamento de dívidas.”
Dívida média é de R$ 3,6 mil
De acordo com a pesquisa, cada negativado deve em média R$ 3.694,06, e mais da metade das dívidas são com bancos. “Quase quatro em cada dez consumidores (34,10%) tinham dívidas de valor de até R$ 500, percentual que chega a 48,77% quando se fala de dívidas de até R$ 1.000”, aponta o material de divulgação do levantamento.
Os números mostram ainda que houve alta de 19,11% no endividamento na comparação com outubro de 2021. Os destaques no crescimento das dívidas foram com bancos (alta de 31,82%) e água e luz (crescimento de 14,39%).
Alívio da inadimplência nos próximos meses
Para a especialista em finanças da CNDL, Merula Borges, os próximos meses devem trazer algum alívio a esse cenário ruim, com o pagamento do 13º salário.
“O pagamento do 13º é um alívio tanto para os consumidores quanto para o mercado. O momento é de priorizar as contas e não esquecer dos pagamentos extras do início do ano”, aconselhou. “As datas comemorativas podem ser uma tentação, mas é importante resistir às compras por impulso para manter o orçamento e fechar o ano sem dívidas.”
Fonte:trademap/
Foto: Agência Brasil

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