“Famílias de renda baixa e alta começam o ano de 2023 com níveis mais elevados de endividamento.”
“Um economista da CNC observa que o endividamento aumentou em relação a janeiro de 2022, mas está se desacelerando.”
“De acordo com uma pesquisa divulgada pela Confederação Nacional do Comércio (CNC), ambas as famílias de renda baixa e alta começaram o ano de 2023 mais endividadas. Os dados foram obtidos a partir da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic).
A pesquisa revela que as famílias que ganham até 3 salários mínimos estavam proporcionalmente mais endividadas em janeiro de 2023 (79,2% do total, em comparação a 76,5% no mesmo período do ano anterior), assim como aquelas que ganham mais de 10 salários mínimos (74,4%, contra 71,2% em janeiro de 2022).
A Peic agora inclui três divisões de faixas de renda para monitorar o endividamento e a inadimplência. A CNC afirma que o objetivo é fornecer informações mais detalhadas sobre a percepção dos consumidores em relação ao uso do crédito e à capacidade de pagamento.”
“A Confederação Nacional do Comércio (CNC) destacou em nota que em comparação com janeiro de 2022, a porcentagem de famílias com dívidas aumentou mais nos dois extremos sociais considerados na Peic. Entre as famílias com até 3 salários mínimos, houve aumento de 2,7 pontos percentuais, enquanto no grupo com mais de 10 salários mínimos o aumento foi de 3,2 pontos percentuais.
Do total de famílias brasileiras, 11,6% começaram o ano de 2023 sem condições de pagar dívidas atrasadas de meses anteriores. Esse indicador aumentou em todos os grupos de renda, sendo mais expressivo entre as famílias que ganham até 3 salários mínimos (17,4%).”
“De acordo com a pesquisa, a parcela de consumidores inadimplentes que atrasaram dívidas por mais de 90 dias chegou a 44,5%, o que representa a maior proporção desde abril de 2020.
O economista da CNC, Izis Ferreira, afirma que o nível geral de endividamento vem perdendo força desde novembro, apesar de a proporção de famílias com dívidas ter aumentado 1,9 ponto percentual em relação a janeiro de 2022. Isso se deve à desaceleração da taxa anual de endividamento.”
A pesquisa da Confederação Nacional do Comércio (CNC) revela que tanto as famílias de baixa renda como as de renda mais alta entraram no ano de 2023 mais endividadas. O aumento na inadimplência também foi registrado em todos os grupos de renda, sendo mais elevado entre as famílias que ganham até 3 salários mínimos.
No entanto, a economista da CNC responsável pela pesquisa, Izis Ferreira, afirma que o nível geral de endividamento vem perdendo força desde novembro devido a uma série de fatores positivos, como o desempenho positivo do mercado de trabalho, as políticas de transferência de renda e a inflação mais moderada.
Dívidas atrasadas
Em janeiro deste ano, 38,7% das famílias com renda mensal de até 3 salários mínimos atrasaram suas dívidas, o que representa um aumento de 5,7 pontos percentuais em relação a janeiro de 2022. A inadimplência desta faixa de renda é o fator principal que contribui para o indicador geral de inadimplência, que foi de 29,9% no primeiro mês deste ano.
A inadimplência das outras faixas de renda foi bem menor: entre as famílias que ganham de 3 a 5 salários, o porcentual de inadimplência foi de 27,2%, enquanto que entre aquelas que recebem de 5 a 10 salários, a inadimplência foi de 20,4%. Já entre as famílias com vencimentos acima dos 10 salários mínimos, o porcentual de inadimplência foi de apenas 13,5%.
Fonte: infomoney
Foto: Getty Images










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