Confira 10 empresas que solicitaram Recuperação Judicial.
O ano de 2023 já trouxe uma grande polêmica para o setor empresarial, com o escândalo de um rombo financeiro de mais de R$ 40 bilhões na Americanas. Com o pedido de recuperação aprovado em 19 de janeiro, muitos estão curiosos para saber mais sobre outras empresas que passaram ou ainda passam por processos semelhantes.
Lembre-se de que o objetivo da recuperação judicial é renegociar as dívidas de uma empresa para mantê-la financeiramente saudável e evitar a falência.
A seguir, conheça 10 grandes empresas que solicitaram a recuperação judicial:
1. Oi
A Oi (OIBR3) solicitou a recuperação judicial em 2016, devido ao acúmulo de mais de 65 bilhões em dívidas, divididos entre aproximadamente 55 mil credores. A companhia telefônica se comprometeu a vender seus ativos, oferecer descontos e prorrogar os prazos de pagamento.
O processo de recuperação judicial se estendeu por meses, com muitos atrasos, mas a Oi finalmente obteve um desconto de 50% na dívida de R$ 14,3 bilhões com a Anatel por meio de um acordo com a Advocacia-Geral da União (AGU).
2.Itapemirim
Apesar de ter solicitado a recuperação judicial em 2016, a Itapemirim foi declarada falida em setembro de 2022, devido a mais de R$ 2,4 bilhões em dívida e a falta de ativos suficientes para quitar o valor. Com isso, suas contas e bens foram sequestrados pela Justiça.
Mesmo durante o processo de recuperação judicial, o grupo tentou lançar uma empresa aérea, a ITA (Itapemirim Transportes Aéreos), mas essa empreitada durou apenas seis meses.
3.Ricardo Eletro
Com três falências decretadas em 2022, a Ricardo Eletro solicitou a recuperação judicial em 2022 e conseguiu reverter parte das decisões da Justiça. O caso agora está sob responsabilidade do Superior Tribunal de Justiça (STJ).
A dívida da Ricardo Eletro é estimada em R$ 4 bilhões, e a empresa atualmente opera apenas com vendas on-line, tendo abandonado as lojas físicas. Recentemente, a Ricardo Eletro retornou ao mercado com um novo marketplace.
4.Saraiva
Com um pedido de recuperação judicial aberto em 2018, a Saraiva declarou dívidas de cerca de 675 milhões de reais. O processo passou por muitas mudanças e foi alvo de inúmeras alterações por parte dos credores. Atualmente, a conhecida rede de livrarias está prestes a fechar um acordo com seus credores, o que pode resultar em sua delisting na Bolsa e encerrar suas dívidas de uma vez por todas.
5.Eternit
Em 2018, a Eternit solicitou uma recuperação judicial, declarando dívidas de 228 milhões de reais. O principal fator que levou ao colapso foi a proibição do uso de amianto no Brasil. Esse mineral, que é parte de uma família de minerais, era a principal matéria-prima utilizada na fabricação de telhas pela empresa. Após algumas mudanças, a Eternit conseguiu se recuperar e até mesmo apresentou um aumento em seus lucros, chegando a 192% em comparação com o fim de 2020 e o final de 2021.
6.Renova Energia
A Renova Energia, uma companhia de energia, obteve aprovação para seu plano de recuperação judicial em dezembro de 2020 devido a uma dívida de mais de R$ 3 bilhões. Alguns fatores que levaram a esta dívida incluem a interrupção do projeto Alto Sertão e a queda nos preços de venda. A Renova Energia mudou a presidência e abriu um novo parque eólico para ajudar a sanar a dívida com credores.
7. IGB Eletrônica (IGBR3)
A IGB Eletrônica, dona da Gradiente, entrou com um pedido de recuperação judicial em 2018 devido a um rombo de R$ 442 milhões. A Gradiente já foi uma grande empresa eletrônica, mas acabou sendo ultrapassada por outras marcas. Desde então, acumulou dividas e até mesmo teve uma disputa com a Apple sobre o nome “iPhone”.
8. Voyager Digital
A Voyager Digital, uma empresa de criptomoedas, declarou falência em 2022 depois de sofrer um calote de R$ 3,4 bilhões por parte do fundo de criptomoedas 3AC (Three Arrows Capital). A tentativa de vender seus ativos avaliados em R$ 7,39 bilhões para a FTX também fracassou.
9. Hotéis Othon
A rede de hotéis de luxo, Hotéis Othon, pediu recuperação judicial em 2018 com uma dívida total de R$ 333,7 milhões. A empresa realizou um leilão para vender a unidade Othon Palace, mas sem sucesso. Com a recuperação da economia após a pandemia, a rede hoteleira investiu cerca de R$ 10 milhões na sede em Copacabana.
10. Americanas
Em janeiro de 2023, a Americanas entrou com um pedido de recuperação devido a um rombo fiscal de cerca de R$ 40 bilhões. Como resultado, é possível que a empresa demita em massa, feche unidades em todo o Brasil e venda ativos para pagar sua dívida com cerca de 8 mil credores. Além disso, a Americanas também solicitou a recuperação nos Estados Unidos. A crise só foi evidenciada quando o presidente recém-empossado, Sérgio Rial, constatou o desequilíbrio financeiro da empresa e logo renunciou ao cargo.
FONTE: .tecmundo/Fabrício Calixto de Oliveira
FOTO: Pexels/Reprodução
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