Taxa de Fecundidade Global Cai

Taxa de Fecundidade Global Cai pela Primeira Vez em Duas Décadas

Taxa de Fecundidade Global Cai pela Primeira Vez em Duas Décadas

O mundo enfrentou uma virada sombria em 2023: pela primeira vez em 20 anos, testemunhou-se uma queda generalizada na taxa de fecundidade.

Este recorde perturbador sinaliza um possível declínio demográfico global que desafia as projeções populacionais estabelecidas.

O economista Jesús Fernández-Villaverde recentemente destacou em um artigo que a taxa de substituição, crucial para manter a estabilidade populacional, é de apenas 2,1 em economias avançadas com altos índices de expectativa de vida.

No entanto, dados revelam que cerca de dois terços da população mundial reside em regiões onde a taxa de fecundidade está abaixo desse limiar crítico de reposição geracional.

A preocupação com a queda na taxa de fecundidade é exacerbada pelo fato de que a taxa de substituição global, segundo Fernández-Villaverde, gira em torno de 2,2, uma marca que parece cada vez mais difícil de ser alcançada.

Isso representa um desafio significativo para manter o crescimento populacional em níveis sustentáveis.

Apesar de alguns argumentarem que o declínio na taxa de fecundidade não necessariamente se traduz em uma diminuição populacional imediata, os dados mostram uma tendência preocupante.

A inércia demográfica que tem impulsionado o crescimento populacional desde 1950 pode estar chegando ao fim, com demógrafos prevendo um pico populacional em torno de 2040, seguido por um declínio.

Mesmo as estimativas anteriores da ONU, que previam uma população de 10 bilhões em 2080, estão sendo reconsideradas por especialistas que sugerem que tais números podem ser excessivamente otimistas.

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Demógrafos como Jørgen Randers alertaram que a população mundial provavelmente atingirá um pico em torno de 8 bilhões em 2040, antes de começar a diminuir.

Esta queda na taxa de fecundidade global representa um desafio sem precedentes para a humanidade, exigindo uma reavaliação urgente das políticas e estratégias para enfrentar as consequências de um possível declínio demográfico.

O ritmo da mudança social está se acelerando em uma direção surpreendente quando se trata de taxas de fertilidade.

Enquanto os Estados Unidos levaram 160 anos para reduzir sua média de filhos por família de 3,7 para 2,7, as Filipinas conseguiram o mesmo feito em apenas 15 anos.

Este é um reflexo do mundo em rápida transformação, não apenas em termos de dados brutos, mas também em termos culturais.

Em 2019, John Ibbitson e Darrell Bricker lançaram “Empty Planet”, explorando as razões por trás dessa mudança de paradigma na reprodução.

Eles identificaram a globalização como um fator-chave, influenciando a urbanização, a dinâmica do trabalho e as expectativas familiares, todos desempenhando papéis na alteração dos desejos e mentalidades em relação à parentalidade.

Uma pesquisa destacada pelo jornal Le Monde destaca a evolução do papel da mulher na sociedade como um dos principais impulsionadores por trás da diminuição da taxa de natalidade.

Mudanças como casamentos ocorrendo mais tarde na vida, maior acesso à educação para meninas, o uso disseminado de métodos contraceptivos e a crescente participação feminina no mercado de trabalho estão desafiando a antiga noção de que o papel da mulher se resume a ficar em casa cuidando dos filhos.

Esses fatores sociais e culturais estão moldando significativamente as escolhas reprodutivas das pessoas em todo o mundo.

À medida que a sociedade continua a evoluir, é fundamental compreender como essas forças moldam não apenas as taxas de natalidade, mas também o futuro demográfico e social de nossas comunidades globais.

Foto: Internet

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