Setor do Azeite Enfrenta Crise com Queda de Produção Sem Precedentes
Diante da disparada dos preços e da queda de produção causada pelo aquecimento global, os profissionais do setor do azeite estão intensificando esforços para encontrar soluções, colaborando estreitamente com a ciência.
“A mudança climática já é uma realidade à qual devemos nos adaptar”, afirmou Jaime Lillo, diretor executivo do Conselho Oleícola Internacional (COI), durante o primeiro Congresso Mundial do Azeite em Madri.
A produção global de azeite caiu drasticamente de 3,42 milhões de toneladas em 2021-2022 para 2,57 milhões em 2022-2023, com uma nova queda projetada para 2023-2024, segundo o COI.
Essa redução na produção tem causado um aumento nos preços de 50% a 70% em várias variedades, com preços na Espanha triplicando desde 2021.
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Pedro Barato, presidente da organização interprofissional do azeite espanhol, descreveu a situação como um “teste de estresse” sem precedentes.
Hoje, mais de 90% da produção mundial de azeite vem da bacia mediterrânea, que está aquecendo 20% mais rápido que a média global.
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Georgios Koubouris, pesquisador do Instituto Grego da Oliveira, destacou que a oliveira, embora adaptada ao clima seco, não produz nada em condições de seca extrema sem uma quantidade mínima de água.
Para enfrentar esses desafios, o setor está investindo em pesquisa genética para encontrar variedades de oliveiras mais resistentes à mudança climática e em técnicas de irrigação mais eficientes, como sistemas de gotejamento.
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Também se considera a possibilidade de transferir a produção para regiões mais favoráveis.
“Com a comunidade científica e a cooperação internacional, vamos aos poucos encontrar soluções”, disse Lillo, demonstrando otimismo apesar dos desafios que o setor enfrenta.
FOTO: INTERNET
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