O que Explica o Dólar Hoje a R$ 5,36 e a Desvalorização do Real em 2024?
A combinação de juros elevados nos Estados Unidos, desancoragem da inflação brasileira e risco fiscal está pressionando o desempenho do real.
O dólar fechou em leve alta de 0,07% nesta terça-feira (11) em relação ao real, atingindo R$ 5,361, a maior cotação desde 4 de janeiro de 2023.
Fortalecimento do Dólar no Exterior
O fortalecimento do dólar mundialmente é atribuído à expectativa de que os juros nos EUA permaneçam altos por mais tempo.
No início do ano, após dados macroeconômicos fracos, esperava-se que o Federal Reserve cortasse os juros em junho, com três a quatro cortes em 2024.
Agora, prevê-se no máximo duas reduções a partir de setembro.
Felipe Pontes, da Avantgarde Asset Management, explica que a política monetária dos EUA atrai recursos, valorizando o dólar e desvalorizando o real.
Desvalorização do Real
A desvalorização do real frente ao dólar também é influenciada por fatores internos.
A inflação brasileira tem mostrado sinais de alta, com o IPCA de maio em 0,46%, acima do esperado.
Isso impacta o juro real, tornando os títulos brasileiros menos atraentes, especialmente com os juros dos EUA em alta.
José Raymundo de Faria Júnior, da Wagner Investimentos, aponta que maiores gastos públicos e emprego em alta contribuem para o aumento da inflação e, consequentemente, para a desvalorização do real.
Risco Fiscal
Os gastos públicos e o risco fiscal são outras variáveis que pesam sobre o real.
A mudança na meta fiscal, as batalhas do executivo com o legislativo e a troca na presidência da Petrobras geram incertezas sobre a capacidade da União de cumprir seus compromissos financeiros. Isso faz com que o mercado exija maiores prêmios como compensação.
Banco Central e Expectativas Futuras
Há também a expectativa de que, com a saída do presidente Roberto Campos Neto do Banco Central, a política monetária possa se tornar menos ortodoxa, com possíveis reduções de juros.
No entanto, a atratividade dos títulos brasileiros vem caindo devido aos juros americanos e à inflação alta no Brasil, criando pressões de todos os lados.
Diego Costa, da B&T Câmbio, destaca que a cotação da moeda americana reflete um delicado equilíbrio entre riscos e oportunidades.
A decisão do Federal Reserve na próxima semana poderá definir o tom dos mercados.
Conclusão
O dólar em alta e a desvalorização do real em 2024 são resultados de uma confluência de fatores globais e internos, incluindo a política monetária dos EUA, a inflação brasileira e os riscos fiscais.
Essas pressões combinadas criam um cenário desafiador para a moeda brasileira, refletindo a complexidade do equilíbrio econômico atual.
FOTO: INTERNET
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