Os Correios divulgaram um prejuízo recorde de R$ 785,5 milhões no terceiro trimestre de 2024, um aumento de 780% em relação ao mesmo período do ano anterior.

A estatal enfrenta desafios crescentes, como queda na receita, aumento nos custos operacionais e despesas administrativas.

Balanço Financeiro em Deterioração

Entre julho e setembro, a receita dos Correios caiu 2%, totalizando R$ 4,8 bilhões.

Ao mesmo tempo, os custos dos serviços aumentaram 7%, chegando a R$ 3,9 bilhões.

Além disso, as despesas administrativas cresceram 23%, impulsionadas principalmente por:

• Reajuste salarial e benefícios previstos no Acordo Coletivo de Trabalho 2023/2024;
• Aumento de 42% nos gastos com salários, que agora somam R$ 1,6 bilhão.

No acumulado do ano, o prejuízo chegou a R$ 2,1 bilhões, um salto de 159% em relação ao mesmo período de 2023.

Plano de Ação para Garantir Operações

Para enfrentar a crise, a direção dos Correios elaborou um plano de ação com três pilares principais:

1. Expansão de serviços no comércio eletrônico: Diversificação e fortalecimento do portfólio para captar o crescimento do e-commerce.
2. Parceria com o setor público: Tornar-se o fornecedor preferencial do governo.
3. Recuperação de créditos tributários: Reclamar valores que possam melhorar a saúde financeira da estatal.

Segundo o balanço, essas medidas visam reverter o patrimônio líquido negativo, os prejuízos acumulados e os problemas de fluxo de caixa no longo prazo.

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Apoio Legal e Garantia de Continuidade

Apesar dos desafios financeiros, os Correios ressaltam sua posição como uma empresa pública essencial e estratégica, o que lhes assegura continuidade operacional.

Por serem controlados pela União, não estão sujeitos à Lei de Recuperação Judicial.

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O documento destaca que a legislação impõe à União a obrigação de garantir a eficiência e a continuidade dos serviços postais e logísticos, mitigando qualquer risco de interrupção.

Desafios e Perspectivas

O aumento das despesas e a queda nas receitas refletem a necessidade urgente de modernização e reestruturação.

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O sucesso das medidas adotadas será crucial para determinar o futuro da estatal, que continua enfrentando forte concorrência e mudanças no mercado logístico.

Os próximos meses serão decisivos para a execução do plano estratégico e para a recuperação da viabilidade econômica da empresa.

FOTO: INTERNET