Até onde China e EUA conseguem bancar a escalada da guerra comercial?
A disputa comercial entre Estados Unidos e China tem se intensificado nos últimos meses, com novas tarifas sendo aplicadas, restrições tecnológicas e uma forte retórica protecionista de ambos os lados.
Mas até onde essas duas potências conseguem manter essa escalada sem comprometer suas economias — e seu capital político?
Segundo ex-diretores do Banco Central do Brasil, há um limite estratégico claro para ambos os lados.
E mais do que o impacto econômico, os especialistas apontam para o “custo político” de qualquer recuo ou avanço precipitado.
Os riscos de prolongar a disputa
A guerra comercial começou com tarifas sobre produtos industriais e agrícolas, mas hoje envolve também setores como:
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Tecnologia (chips, inteligência artificial, 5G)
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Veículos elétricos e baterias
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Raros minerais estratégicos
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Semicondutores e equipamentos industriais
Quanto mais a disputa avança, maiores são os riscos de desorganização de cadeias globais, aumento da inflação e queda no investimento internacional.
Por que ninguém quer recuar?
Segundo analistas, o recuo unilateral de qualquer um dos países sem uma estratégia clara pode ser visto como fragilidade política diante de seus próprios eleitores e aliados.
Nos EUA, a disputa com a China é um tema eleitoral sensível, especialmente em estados industriais.
Já no governo chinês, mostrar força frente ao Ocidente é parte essencial da manutenção do prestígio interno e externo.
Quem perde mais com a guerra comercial?
Embora os dois lados tenham meios para sustentar essa batalha no curto prazo, os impactos econômicos se acumulam:
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Empresas americanas enfrentam custos mais altos de produção
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A China lida com queda nas exportações e menor investimento estrangeiro
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Consumidores de ambos os países pagam mais caro por diversos produtos
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Países emergentes sofrem com a volatilidade global
Há espaço para negociação?
Apesar do clima tenso, negociações discretas continuam acontecendo.
O desafio é encontrar um equilíbrio entre proteção estratégica e crescimento sustentável.
Segundo os ex-diretores do BC, um eventual acordo precisará ser construído com foco em benefícios mútuos de longo prazo, evitando a leitura de que qualquer parte “cedeu” sem ganhos visíveis.
Conclusão
A escalada da guerra comercial entre China e EUA parece longe de um desfecho, mas os custos — econômicos e políticos — são crescentes.
As próximas eleições nos EUA e os movimentos diplomáticos da China serão determinantes para o rumo dessa disputa que afeta o mundo inteiro.
FOTO: INTERNET
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