Produção de veículos encolhe 12,6% em março, aponta Anfavea
A produção de veículos no Brasil registrou queda expressiva no mês de março.
Segundo dados divulgados pela Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores), o setor teve retração de 12,6% em comparação a fevereiro de 2025.
Apesar de março ter mais dias úteis, o volume de produção caiu, somando 195 mil unidades fabricadas, incluindo automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus.
Em relação ao mesmo mês de 2024, a queda foi de 2,9%, o que evidencia um ritmo mais lento na indústria automotiva nacional.
Causas da retração
De acordo com a Anfavea, a principal explicação para o desempenho negativo em março está relacionada a fatores como:
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Estoques elevados nas concessionárias
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Demanda interna ainda enfraquecida
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Taxas de juros elevadas, que dificultam o crédito para compra de veículos
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Feriados e paralisações pontuais em fábricas
Além disso, o mercado de exportações também mostrou enfraquecimento, pressionando ainda mais a produção.
Exportações e licenciamentos também sofrem
A Anfavea também registrou queda nas exportações de veículos, que caíram 28,1% em março em relação a fevereiro.
Já os licenciamentos, que indicam os emplacamentos de novos veículos, também recuaram 5,6% no mesmo período.
Esses dados mostram que o setor automotivo continua enfrentando desafios para retomar o crescimento sustentado no pós-pandemia.
Perspectivas para os próximos meses
Mesmo com os números negativos, a Anfavea mantém uma certa expectativa de recuperação moderada ao longo do ano, apostando em:
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Redução gradual dos juros, que pode estimular o consumo
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Novos lançamentos previstos para o segundo semestre
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Programas de incentivo do governo, voltados à modernização da frota e à produção de veículos mais sustentáveis
Conclusão
O setor automotivo brasileiro ainda enfrenta um cenário de instabilidade em 2025.
A queda de 12,6% na produção em março reforça a necessidade de medidas que estimulem a demanda e tornem o crédito mais acessível.
Para os próximos meses, o desempenho da economia e a reação do consumidor serão fatores determinantes para a retomada da indústria.
FOTO: INTERNET
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