Preços de Aluguel Batem Recordes em 2023, Contudo, Desaceleram no Ano
Os preços do aluguel atingiram patamares recordes em 2023 nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Curitiba, Porto Alegre e Brasília, revela o Índice de Aluguel QuintoAndar Imovelweb, divulgado nesta sexta-feira (12).
Entretanto, o ritmo de crescimento desacelerou em comparação ao ano anterior.
As capitais encerraram o ano com o maior preço por metro quadrado para aluguel desde 2019, marcando o ponto mais alto na série histórica.
Apesar da desaceleração, todas as cinco capitais analisadas registraram aumento no preço médio do metro quadrado para aluguel em 2023, comparado ao ano anterior.
Os dados são os seguintes:
- São Paulo: R$ 59,82 (alta de 9,47%)
- Rio de Janeiro: R$ 39,09 (alta de 14,11%)
- Belo Horizonte: R$ 33,73 (alta de 22,88%)
- Curitiba: R$ 36,43 (alta de 21,03%)
- Porto Alegre: R$ 32,12 (alta de 13,83%)
- Brasília: R$ 43,46 (alta de 12,24%)
A taxa Selic é apontada como um dos principais impulsionadores do mercado de aluguéis aquecido.
Após um ciclo de altas iniciado em 2021, a taxa básica de juros ficou boa parte do ano passado em 13,75%, reduzida apenas a partir de agosto pelo Copom (Comitê de Política Monetária), alcançando 11,75% em dezembro.
Ainda assim, esse patamar é considerado elevado, impactando o mercado imobiliário ao encarecer financiamentos.
Com a demanda aquecida, os preços subiram, e os descontos diminuíram.
As capitais encerraram o ano com descontos médios entre 2,1% (em Brasília) e 3,7% (em São Paulo), mostrando uma redução em comparação a dezembro de 2022, quando o menor percentual era 2,8%.
Thiago Reis, gerente de Dados do Grupo QuintoAndar, destaca que, embora a notícia não seja favorável aos inquilinos, os dados indicam espaço para negociação.
Preparação e pesquisa são fundamentais para barganhar preços mais favoráveis.
Ele ressalta que, apesar de São Paulo ter o preço médio mais alto por metro quadrado, a cidade teve a menor alta devido aos valores já elevados pós-pandemia, indicando uma tendência de desaceleração e acomodação, movimento que também pode ser observado no Rio de Janeiro e em Curitiba.
Por outro lado, Porto Alegre enfrenta um aumento mais intenso de preços, devido à menor oferta em relação à demanda.
Foto: internet
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