Fabricantes de Pneus do Brasil Pedem Maior Taxação de Produtos Chineses
Não é somente a Anfavea que está pedindo uma mudança na alíquota de importação de produtos chineses, focando nos automóveis elétricos e híbridos.
A Anif – Associação Nacional da Indústria de Pneumáticos – também está clamando por maior taxação de pneus chineses. Klaus Curt Müller, presidente da Anif, afirmou ao site Auto Data que os pneus chineses promovem concorrência “de forma desleal, com os que são feitos no Brasil”.
Discussões com o Governo
O executivo prometeu que em julho se reunirá com o governo em Brasília para discutir o retorno de um dispositivo para equilibrar o mercado de pneumáticos no Brasil, o controle de preço mínimo dos pneus, eliminado em 2021.
Esse mecanismo, que evitava a concorrência desleal, foi excluído para diversos setores, inclusive o nosso.
A decisão foi tomada com base na interpretação de que isto era espúrio, comentou Müller.
Desafios da Indústria Nacional
Müller destacou que as fábricas de pneus não podem parar de produzir, operando 24 horas por dia, sete dias por semana, o que resulta em enormes estoques.
Ele argumenta que a indústria nacional não consegue competir com os preços extremamente baixos dos pneus chineses.
Atualmente, os pneus chineses recolhem 16% de imposto de importação, mas a Anif está pedindo que esse percentual seja elevado ao limite permitido pela OMC (Organização Mundial do Comércio) de 35%.
Competitividade e Preço
Segundo Klaus Curt Müller, a concorrência com os pneus chineses é inviável sem os mesmos subsídios governamentais, práticas de dumping e outras atividades comerciais ilícitas que essas empresas utilizam.
“Nossa indústria é centenária, temos enorme compliance e 51% do mercado mundial de pneus estão nas mãos de empresas que estão no Brasil”, explicou.
Ele também apontou que 90% dos pneus importados vêm da Ásia, muitas vezes desembarcando no Brasil a preços inferiores ao custo industrial de produção e até mesmo ao custo internacional da matéria-prima.
Considerações Finais
A Anif defende que o governo proteja a indústria nacional para assegurar uma competição justa e equilibrada, evitando que práticas desleais prejudiquem a produção local.
A reunião em julho será crucial para discutir medidas que possam restaurar a competitividade da indústria de pneumáticos no Brasil.
FOTO: INTERNET
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