“Endividamento das Famílias Brasileiras Permanece Estável, mas Cresce nas famílias de Renda Baixa”
O endividamento das famílias brasileiras é um tema que preocupa muitos economistas e políticos, pois afeta a capacidade de consumo e investimento dos cidadãos.
Segundo a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC), realizada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), o percentual de famílias endividadas no Brasil se manteve estável em 68,5% em setembro de 2023, o mesmo nível de agosto.
No entanto, houve um aumento do endividamento entre as famílias com renda de até dez salários mínimos, que passou de 69,4% para 70,1% no mesmo período.
Já as famílias com renda superior a dez salários mínimos reduziram seu endividamento de 64,3% para 63,5%.
Esse cenário mostra que as famílias de menor renda estão mais vulneráveis aos efeitos da crise econômica causada pela pandemia de covid-19, que reduziu a oferta de emprego e renda e aumentou o custo de vida.
Além disso, essas famílias têm menos acesso ao crédito e às condições favoráveis de pagamento, como juros baixos e prazos longos.
Por outro lado, as famílias de maior renda conseguiram se beneficiar da recuperação parcial da atividade econômica e da queda da taxa básica de juros (Selic), que barateou o crédito e estimulou a poupança.
O endividamento das famílias brasileiras tem impactos diretos e indiretos na economia do país.
Por um lado, o endividamento pode ser positivo quando representa um aumento do consumo e do investimento das famílias, que movimentam o mercado interno e geram renda e emprego.
Por outro lado, o endividamento pode ser negativo quando compromete a renda disponível das famílias para o consumo futuro, reduzindo a demanda agregada e afetando o crescimento econômico.
Além disso, o endividamento excessivo pode levar à inadimplência, que prejudica o sistema financeiro e aumenta o risco de crédito.
Diante desse quadro, é importante que as famílias brasileiras busquem equilibrar seu orçamento doméstico e evitar o endividamento desnecessário ou insustentável.
Algumas dicas para isso são: planejar os gastos mensais e anuais, priorizar as despesas essenciais, evitar o uso indiscriminado do cartão de crédito e do cheque especial, negociar as dívidas com os credores, buscar fontes alternativas de renda e poupar uma parte da renda para emergências ou objetivos futuros.
Também é fundamental que o governo adote medidas para estimular a geração de emprego e renda, ampliar o acesso ao crédito com juros baixos e prazos longos, reduzir a carga tributária sobre o consumo e melhorar a educação financeira da população.
Foto: internet
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