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Devoluções aumentam em galpões logísticos devido à desaceleração das vendas online

Devoluções aumentam em galpões logísticos devido à desaceleração das vendas online

O mercado de galpões logísticos iniciou o ano em alta, com um grande número de espaços sendo comercializados, o que mostra a resiliência do setor após três anos consecutivos de alta demanda de empresas de comércio eletrônico e logística.

Apesar do desempenho positivo, a euforia está diminuindo. Já não há tantas locações assinadas antes da entrega dos imóveis e algumas empresas estão devolvendo áreas contratadas em excesso. Isso pode levar a uma redução na oferta de novos empreendimentos, segundo consultores imobiliários.

De acordo com Giancarlo Nicastro, presidente da consultoria Siila, “os números do primeiro trimestre foram muito bons. No geral, a economia brasileira está um pouco complicada, mas o setor de logística se saiu bem. Para frente, não diria que há um esfriamento, mas sim uma acomodação”.

No Estado de São Paulo, a absorção bruta (ou seja, a quantidade de locações) cresceu 15% no primeiro trimestre de 2023 em relação ao mesmo período do ano anterior, chegando a 520,7 mil m², de acordo com um levantamento da Siila. Esse é o maior volume de locações registrado desde o início da série histórica da consultoria, em 2016.

O setor de transporte e logística liderou a demanda por galpões logísticos no início de 2023, respondendo por 22% do total, seguido pelo comércio eletrônico com 11%. Farmacêuticas, empresas de tecnologia da informação e indústrias de veículos e peças completam a lista dos principais setores demandantes.

Apesar dos números positivos, a pesquisa da Siila indica uma queda nas pré-locações, ou seja, contratos de aluguel assinados antes da conclusão das obras. Esse tipo de negócio cresceu consideravelmente nos últimos anos devido à alta demanda e escassez de imóveis adequados, mas a situação está mudando. Em 2021, mais da metade dos galpões entregues já possuíam inquilinos definidos, mas esse número caiu para 39% no primeiro trimestre de 2023.

De acordo com especialistas, esse cenário pode ser atribuído à desaceleração da economia e ao aumento dos juros, que afetam diretamente o consumo. As devoluções de imóveis também cresceram no início de 2023, com algumas empresas revendo suas posições e buscando maior eficiência operacional. Ainda assim, a absorção líquida de galpões logísticos no Estado de São Paulo triplicou no primeiro trimestre de 2023 em relação ao mesmo período do ano anterior, com 361 mil m² locados.

O mercado de galpões logísticos no Brasil está passando por uma desaceleração nas vendas online, o que deve levar a uma estabilidade em 2023. Isso pode levar os desenvolvedores de galpões a se tornarem mais seletivos em seus projetos. No entanto, apesar dessas oscilações, ainda há oportunidades para novos negócios no setor, e a gestora Cy Capital está entregando seus primeiros empreendimentos a partir de um fundo que captou R$ 370 milhões.

A Cy está em fase de entrega dos primeiros empreendimentos desenvolvidos a partir desse fundo e espera ter 100% de ocupação em um prazo de três a seis meses. A gestora vai entregar em outubro a primeira fase de um condomínio logístico em Guarulhos, com 36 mil m² já pré-locados. A Cy também abrirá em breve a captação de um novo fundo cujos recursos serão destinados a quatro novos galpões logísticos.

Apesar de já estar alguns degraus abaixo do pico de procura visto recentemente, o setor ainda tem uma demanda saudável, o que justifica a abertura desse novo fundo. A vacância no mercado paulista está baixa, fechando em apenas 11,8% no primeiro trimestre deste ano, ante 13,3% um ano antes, e os valores de locação pedidos ficaram na média de R$ 24 por metro quadrado, alta de 20% em um ano.

Foto: INTERNET

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