Deu ruim! GM Chevrolet sofre prejuízo de R$ 8,78 bilhões com mudança na estratégia de veículos elétricos
A General Motors (GM), uma das maiores montadoras do mundo e dona da marca Chevrolet, anunciou um prejuízo expressivo de US$ 1,6 bilhão (cerca de R$ 8,78 bilhões) em 2025, após promover um grande ajuste na sua estratégia global de eletrificação.
O resultado negativo acendeu um alerta no mercado automotivo mundial e levantou dúvidas sobre a velocidade da transição para os veículos elétricos (VEs).
⚡ O plano que virou do avesso
Nos últimos cinco anos, a GM vinha apostando alto em seu futuro 100% elétrico.
Sob o lema “Zero acidentes, zero emissões e zero congestionamentos”, a empresa planejava eliminar gradualmente os motores a combustão até 2035 e investir mais de US$ 35 bilhões em eletrificação e tecnologias autônomas.
Para isso, lançou a plataforma Ultium, desenvolvida para dar origem a uma nova geração de carros elétricos, como o Chevrolet Silverado EV, Equinox EV e Blazer EV.
A ideia era transformar a GM em uma líder mundial de mobilidade limpa e competir de frente com a Tesla e marcas emergentes chinesas, como BYD e Nio.
No entanto, o cenário mudou radicalmente em 2024 e 2025.
Com a mudança de governo nos Estados Unidos, o novo plano energético e fiscal reduziu os incentivos que antes impulsionavam o mercado de elétricos — especialmente os créditos para compradores e as isenções para montadoras.
Essa guinada política — conhecida como “rollback de incentivos verdes” — afetou diretamente o custo-benefício dos veículos elétricos e reduziu a atratividade para consumidores e investidores.
🏭 Custos altos, vendas baixas e fábricas paradas
O impacto financeiro foi imediato.
A GM já havia direcionado bilhões para a conversão de suas fábricas de Detroit, Ohio e Michigan exclusivamente para veículos elétricos.
Com a revisão da estratégia, parte dessas unidades precisou ser novamente adaptada para produzir híbridos e modelos a combustão, gerando um custo bilionário de reestruturação.
Além disso, a montadora enfrentou:
-
Atrasos na produção de baterias Ultium, por problemas logísticos e escassez de componentes;
-
Demanda abaixo do esperado nos EUA e Canadá, onde os consumidores ainda preferem SUVs e picapes a gasolina;
-
Competição acirrada da China, cujas marcas oferecem elétricos até 40% mais baratos;
-
Aumento do preço do lítio e níquel, encarecendo o custo por veículo.
Esses fatores levaram a GM a registrar o maior prejuízo líquido desde a pandemia de 2020, além de cancelar ou adiar o lançamento de modelos planejados para 2026.
🌎 O cenário global dos elétricos mudou
A crise da GM ocorre num momento de reavaliação mundial da mobilidade elétrica.
Após um período de crescimento acelerado entre 2020 e 2023, o mercado global de VEs começou a dar sinais de saturação.
Nos EUA, a participação de elétricos nas vendas totais caiu de 8,1% em 2023 para 6,9% em 2025, segundo dados da BloombergNEF.
Alguns motivos explicam essa desaceleração:
-
Infraestrutura insuficiente de recarga em cidades e rodovias;
-
Autonomia ainda limitada em modelos mais acessíveis;
-
Custos elevados de reparo e seguro;
-
Incerteza política quanto ao futuro dos subsídios e metas ambientais.
Enquanto isso, a China mantém liderança absoluta, respondendo por mais de 60% das vendas globais de elétricos em 2025, impulsionada por forte apoio estatal e integração vertical na cadeia de baterias.
🔄 A nova estratégia da GM: realismo e equilíbrio
Reconhecendo as dificuldades, a CEO da GM, Mary Barra, anunciou que a empresa adotará uma postura “mais realista e equilibrada” na transição energética.
“Estamos comprometidos com um futuro elétrico, mas ele precisa ser financeiramente sustentável. Ajustar nossa estratégia agora é essencial para proteger nossos acionistas e consumidores”, afirmou Barra em comunicado.
A partir de 2025, a GM vai:
-
Priorizar modelos híbridos plug-in, especialmente nas linhas de SUVs e picapes;
-
Retomar parte da produção de veículos a combustão em mercados estratégicos, como América Latina e Ásia;
-
Investir em tecnologias de eficiência energética e combustíveis alternativos, como etanol e hidrogênio;
-
Acelerar o desenvolvimento de softwares automotivos e sistemas de condução autônoma, considerados pilares da mobilidade futura.
💬 Reação do mercado e analistas
Especialistas consideram a decisão da GM um “golpe de realidade” para o setor automotivo.
Segundo o analista americano Dan Ives, da Wedbush Securities, “o otimismo exagerado com os elétricos deu lugar ao pragmatismo financeiro.
As montadoras perceberam que o consumidor médio ainda não está pronto para essa transição total”.
As ações da GM chegaram a cair 9% na Bolsa de Nova York após o anúncio dos prejuízos, mas parte dos investidores considerou o recuo estratégico um passo necessário para estabilizar a empresa e recuperar margens de lucro até 2026.
🔋 O futuro da eletrificação não acabou — mas será mais lento
O revés da GM não significa o fim da era elétrica, mas sim uma mudança de ritmo.
A transição para veículos sustentáveis continuará, porém com foco maior em viabilidade econômica, infraestrutura de recarga e educação do consumidor.
Analistas preveem que, até 2030, os elétricos representarão entre 25% e 30% das vendas globais, em vez dos 50% que se projetavam há alguns anos.
Enquanto isso, a Chevrolet e outras montadoras tradicionais devem adotar estratégias híbridas — tanto em motores quanto em decisões empresariais — para equilibrar inovação e rentabilidade.
📉 Resumo do caso GM:
Item | Detalhe |
---|---|
💰 Prejuízo | US$ 1,6 bilhão (R$ 8,78 bilhões) |
🔄 Motivo | Revisão da estratégia elétrica e custos de reestruturação |
🏭 Consequências | Linhas de produção adaptadas, lançamentos adiados |
⚙️ Nova estratégia | Foco em híbridos, combustão eficiente e software automotivo |
🌎 Contexto global | Queda na demanda por elétricos e cortes de subsídios |
📈 Perspectiva | Retomada gradual da rentabilidade a partir de 2026 |
🚘 Conclusão
O prejuízo bilionário da GM é mais do que um tropeço financeiro: é um sinal de maturidade do mercado elétrico.
A corrida para substituir os motores a combustão mostrou-se mais complexa do que o previsto, exigindo flexibilidade e inovação contínua.
A transição energética segue em curso — mas agora, com os pés no chão.
FOTO: INTERNET
Sua Loja Virtual Pronta em 24h – Comece a vender amanhã!
Loja Virtual Pronta PetShops de Luxo para Woocommerce
A instalação da Loja em 24 horas, é feita pelo cliente com ajuda do nossos vídeos e tutoriais.
Loja Virtual Pronta para Loja de Auto Peças para Veículos
A instalação da Loja em 24 horas, é feita pelo cliente com ajuda do nossos vídeos e tutoriais.
Loja Virtual Pronta Com Sistema para Afiliados
A instalação da Loja em 24 horas, é feita pelo cliente com ajuda do nossos vídeos e tutoriais.
LEIA TAMBÉM:
- Deu ruim! GM Chevrolet sofre prejuízo de R$ 8,78 bilhões com mudança na estratégia de veículos elétricosDeu ruim! GM Chevrolet sofre prejuízo de R$ 8,78 bilhões com mudança na estratégia de veículos elétricos A General Motors (GM), uma das maiores montadoras do…
- De Kwid a Polo: Os 5 carros a combustão mais econômicos do Brasil em 2025De Kwid a Polo: Os 5 carros a combustão mais econômicos do Brasil em 2025 Em tempos de combustíveis caros e aumento no custo de vida,…
- Ferrari Elettrica: primeiro elétrico, metas revistas e novo rumo até 2030Ferrari Elettrica: primeiro elétrico, metas revistas e novo rumo até 2030 A Ferrari, uma das marcas mais icônicas do automobilismo de luxo, acaba de dar um…
- Conheça o carro híbrido plug-in flex que promete revolucionar a mobilidade no BrasilConheça o carro híbrido plug-in flex que promete revolucionar a mobilidade no Brasil O Brasil está caminhando para um marco importante na indústria automotiva: o desenvolvimento…
- Chevrolet Tracker Caramelo: o SUV exclusivo que vai mobilizar o BrasilChevrolet Tracker Caramelo: o SUV exclusivo que vai mobilizar o Brasil A Chevrolet anunciou recentemente uma ação inédita: uma unidade exclusiva do SUV Tracker, pintada com…