AstraZeneca Encerra Produção da Vacina Contra COVID-19 devido à Queda na Demanda
A AstraZeneca, um conglomerado farmacêutico anglo-sueco, anunciou a interrupção das vendas de sua vacina contra a COVID-19, conhecida como Vaxzevria.
Esta decisão foi tomada em resposta a uma redução na demanda pelo imunizante.
O grupo justificou que, com o desenvolvimento de múltiplas vacinas contra variantes do coronavírus, houve um excedente de opções disponíveis, levando a uma diminuição na procura pela Vaxzevria, que já não está mais sendo produzida ou distribuída.
A retirada da vacina do mercado começou na Europa, onde a Agência Europeia de Medicamentos (EMA) retirou a autorização de venda da Vaxzevria a pedido da própria AstraZeneca.
A empresa afirmou que está trabalhando com outros reguladores ao redor do mundo para iniciar a retirada das autorizações em locais onde não se prevê uma futura demanda pelo imunizante.
A AstraZeneca expressou orgulho pelo papel desempenhado pela Vaxzevria no combate à pandemia global, destacando estimativas independentes que sugerem que mais de 6,5 milhões de vidas foram salvas apenas no primeiro ano de uso do medicamento.
A vacina, desenvolvida em parceria com a Universidade de Oxford em 2020, foi uma das primeiras a chegar ao mercado, com a primeira aplicação no público geral ocorrendo no Reino Unido em janeiro de 2021.
Desde então, mais de 3 bilhões de doses foram distribuídas globalmente.
Apesar do sucesso inicial, a Vaxzevria perdeu espaço para vacinas de mRNA, como a desenvolvida pela Pfizer em parceria com a BioNTech.
Em 2023, as vendas da Vaxzevria totalizaram apenas US$ 12 milhões, em contraste com os US$ 4 bilhões obtidos em 2021.
A vacina também enfrentou desafios ao longo de sua trajetória, incluindo a falta de autorização para comercialização nos Estados Unidos, atrasos na entrega de vacinas à União Europeia em 2021 e suspensões temporárias em vários países europeus devido a preocupações com efeitos colaterais, como o risco de trombose.
No Brasil, a distribuição da vacina enfrentou atrasos na importação de doses prontas e de ingredientes para a produção local, a cargo da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
Embora tenha sido amplamente utilizada no país, a Vaxzevria perdeu espaço para outros imunizantes, como a vacina da Pfizer.
Em 2023, o Ministério da Saúde deixou de recomendar sua aplicação como reforço para pessoas com menos de 40 anos.
Foto: Internet
FONTE: ISTOÉ
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