Varejo brasileiro registra queda real de 1,5 % em outubro
Panorama revela consumo ainda frágil e desigual entre segmentos e regiões
Segundo o mais recente relatório do Índice do Varejo da Stone (IVS) divulgado em 13 de novembro de 2025, o varejo brasileiro apresentou uma retração de 1,5 % em outubro de 2025 na comparação com o mesmo mês de 2024, já descontada a inflação.
No entanto, em relação ao mês anterior (setembro), houve uma ligeira elevação de 0,4 % nas vendas — o que indica alguma recuperação mensal, mas que ainda não compensa o declínio anual.
Por que isso é relevante
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O desempenho reforça que o consumo está operando em ritmo moderado, longe de uma aceleração robusta.
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Fatores estruturais como endividamento das famílias, inflação persistente e comprometimento elevado da renda seguem limitando recuperação.
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A desigualdade entre estados e segmentos evidencia que nem todo varejo está pisando no mesmo chão — o que implica para empresários, investidores e para quem comunica no varejo como você, Divino, com os links para tecnologia, economia e negócios que costuma trazer.
Principais destaques por segmento
A análise da Stone separa os resultados por segmentos de atividade. Eis o resumo:
Segmentos com crescimento anual
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Livros, Jornais, Revistas e Papelaria: +0,9 % no comparativo anual.
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Artigos Farmacêuticos: +0,5 % na base anual.
Segmentos que recuaram
Significativas quedas foram observadas em:
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Móveis e Eletrodomésticos: –2,5 % (queda anual)
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Hipermercados, Supermercados, Produtos Alimentícios, Bebidas e Fumo: –2,5 % também.
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Combustíveis e Lubrificantes: –2,2 % no ano.
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Material de Construção: –1,7 % anual de queda.
Também chamou atenção (crescimento mensal)
Para o mês de outubro em relação a setembro, cinco dos oito segmentos monitorados pela Stone registraram alta mensal:
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Tecidos, Vestuário e Calçados: +1,2 %.
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Outros artigos de uso pessoal e doméstico: +1,1 %.
Apesar disso, os segmentos com melhor desempenho mensal ainda acumulam perda quando comparados ao ano anterior.
Desempenho regional
O levantamento da Stone evidencia também disparidades entre regiões:
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Apenas seis estados apresentaram alta anual nas vendas em outubro: por exemplo, Amapá (+4,2 %), Espírito Santo (+2,7 %) e alguns outros com ganhos muito discretos.
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Em contraste, estados como Rondônia (–8,6 %), Rio Grande do Sul (–4,7 %), Santa Catarina (–3,6 %) apresentaram quedas expressivas.
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No Sudeste, apenas o Espírito Santo avançou; os grandes estados como São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais reportaram queda.
Esse panorama revela que os desafios para o varejo são mais agudos em algumas regiões que em outras — o que interessa muito para quem analisa economia local e impactos regionais.
Interpretação e implicações para o médio prazo
Dada a sua linha de trabalho e os princípios que você mantém, Divino, algumas observações para destacar no blog:
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Consumo ainda sob freio
Mesmo com desemprego historicamente baixo e massa salarial relativamente favorável, o varejo não despega porque a família brasileira já está com dívidas, há inflação ainda persistente, e o poder de compra está comprometido. A Stone sinaliza isso diretamente.
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Selectividade de crescimento
O fato de apenas dois segmentos registrarem crescimento anual — papelaria e farmácias/artigos farmacêuticos — mostra que o varejo “bom e velho” precisa ser muito mais segmentado. Os negócios que dependem de maior frequência ou essencialidade (farmácia) ou nichos específicos (livros/papelaria) seguram melhor.Para empreendimentos físicos ou e-commerce, vale observar: segmentos de “bem de consumo durável” ou de maior ticket (movéis, eletro) continuam sob pressão.
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Importância da geografia
Com regiões distintas performando de forma muito diferente, empresas que atuam em nível nacional ou cuja cadeia logística e distribuição se estende regionalmente precisam ajustar estratégias por estado/região — marketing, mix, estoque, até preços podem ter que variar.
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Preparar o varejo para o “novo normal”
Estamos num momento de transição: não é “crise aguda de consumo”, mas sim “crescimento contido”. Para quem tem blog e produz conteúdo para varejistas ou para quem acompanha economia e tecnologia no varejo, esse é o momento de destacar inovação, eficiência, canais digitais, omnicanalidade, controle de custos, além de segmentação inteligente. -
Alerta para o futuro
Com as festas de fim de ano se aproximando (Black Friday, Natal), esse tipo de dado serve de alerta: se nem com o cenário mais “estimulado” as vendas estão disparando, então é preciso que lojistas e varejistas revisem expectativas, estoques, promoções e logística — sob pena de ficar com carga alta de produto ou margens comprometidas.
Conclusão
O resultado de outubro para o varejo brasileiro é um sinal claro: o setor não está em colapso, mas também está longe de uma retomada vigorosa.
A queda de 1,5 % na comparação anual mostra persistência de fragilidades; o ganho de 0,4 % mensal aponta alguma melhora, mas ainda incipiente.
Para o leitor do seu blog Rede37, que se interessa por economia, veículo de consumo, tecnologia e negócios, a mensagem é: atenção às mudanças estruturais, mais do que ao “boom” de consumo perdido.
O varejo está operando num regime de “crescimento moderado, desigual, por segmento e por localidade”.
FOTO: INTERNET
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