“Setor do Varejo Lança Movimento para Impedir o Fim do Parcelado sem Juros”
Um consórcio de 11 entidades vinculadas aos setores de varejo e serviços lançou, nesta terça-feira, 21, o movimento “Parcelo Sim”, uma iniciativa que visa proteger o parcelamento de compras no cartão de crédito sem a incidência de juros.
O grupo planeja realizar ações de comunicação e coletar assinaturas em apoio a essa prática.
Embora o movimento se declare apartidário, sua intenção é sensibilizar autoridades dos poderes Executivo e Legislativo, visando evitar o que descrevem como um possível prejuízo causado pelos grandes bancos aos comerciantes e consumidores.
O setor de varejo e serviços argumenta a favor da manutenção do parcelamento sem juros no formato atual, sem a imposição de uma regulamentação sobre o número máximo de parcelas.
Em contrapartida, os grandes bancos defendem a necessidade de limitar esse instrumento para reduzir os juros do crédito rotativo, no qual se incluem os clientes que não quitam a fatura do cartão.
Este debate surge em meio às iniciativas do governo, do setor financeiro e do Banco Central para diminuir as taxas de juros do crédito rotativo, que atualmente ultrapassam os 400% em termos anualizados.
A proposta do Banco Central de limitar o parcelamento a 12 vezes foi considerada insuficiente pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban) e como prejudicial à concorrência por fintechs, maquininhas independentes e pelo próprio varejo.
O movimento destaca dados da Confederação Nacional do Comércio (CNC), indicando que 90% dos varejistas adotam o parcelamento sem juros.
Além disso, uma pesquisa do Datafolha revela que 75% dos brasileiros utilizam essa modalidade de pagamento.
O presidente-executivo da Abrasel, Paulo Solmucci Júnior, ressalta que o Movimento “Parcelo Sim!” é propositivo, reunindo mais de 10 entidades, e busca informar a população sobre as possíveis consequências negativas de alterações nesse produto, que é amplamente preferido pelos consumidores.
Décio Lima, presidente nacional do Sebrae, destaca a importância do parcelamento sem juros como uma ferramenta de crédito vital tanto para consumidores quanto para comerciantes.
Ele enfatiza a mobilização da população em apoio a essa causa, concluindo: “Ninguém vai mexer no parcelado.”
Foto: internet
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