Juros elevados e inflação persistente: o que está travando a economia brasileira em 2025?
Apesar de avanços pontuais, o Brasil ainda enfrenta um cenário desafiador, marcado por juros altos e uma inflação que resiste a ceder — dois elementos que andam de mãos dadas e afetam diretamente o bolso do brasileiro e o desempenho da economia.
🔺 Selic nas alturas
A taxa Selic, principal instrumento de controle da inflação, está em 13,25% ao ano.
➡️ É um dos juros reais mais altos do mundo, mesmo com a inflação em tendência de queda.
🔍 Por que os juros estão tão altos?
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O Banco Central mantém a Selic elevada para conter a inflação de serviços, que segue acima da média.
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Há desconfiança fiscal, com incertezas sobre o equilíbrio das contas públicas (especialmente após o novo pacote fiscal).
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O cenário externo também pressiona: juros altos nos EUA e incerteza na China afetam o câmbio e o fluxo de capitais.
📈 Inflação ainda resistente
Mesmo com o IPCA desacelerando, a inflação de serviços segue pressionada, acumulando 4,86% nos últimos 12 meses.
Itens como:
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Aluguéis,
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Serviços médicos,
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Educação e
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Alimentação fora do lar
continuam subindo acima da média.
💡 A inflação nesse setor é mais difícil de combater, pois tem alta inércia (ou seja, tende a demorar mais para ceder mesmo com a economia desaquecendo).
💥 Os impactos no dia a dia:
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Financiamentos e crédito mais caros: juros altos reduzem o acesso a bens duráveis, carros e imóveis.
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Investimento privado travado: empresas adiam planos de expansão.
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Emprego desacelera: menos consumo e investimento = menos contratações.
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Poder de compra menor: mesmo com salários crescendo, a inflação corrói os ganhos reais da população.
🔮 E o que esperar para o segundo semestre de 2025?
O mercado espera que o Banco Central inicie cortes graduais na Selic apenas no 4º trimestre, se a inflação continuar desacelerando.
Mas qualquer erro fiscal ou crise externa pode postergar ainda mais a queda dos juros.
📊 Conclusão
O Brasil vive uma armadilha clássica:
➡️ Juros altos para conter a inflação
➡️ Inflação resistente que exige juros ainda altos
Enquanto isso, o crescimento segue travado e o custo da vida pressiona os mais pobres.
FOTO: INTERNET
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