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Desempenho do setor varejista em abril indica moderação e foco em bens essenciais

Desempenho do setor varejista em abril indica moderação e foco em bens essenciais

Após um desempenho surpreendentemente positivo em março, o setor varejista registrou um crescimento modesto de 0,1% no mês seguinte, devido a uma maior demanda por bens essenciais.

A desaceleração observada em abril, atribuída a juros elevados e inflação mais baixa, indica uma tendência de moderação ao longo do ano, segundo economistas.

De acordo com a Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), as vendas no varejo restrito aumentaram 0,1% em abril em relação a março, ajustadas sazonalmente.

Em março, o setor havia registrado um avanço de 0,8% em relação a fevereiro.

Na comparação com abril de 2022, o setor restrito teve um aumento de 0,5%. Já no varejo ampliado, que inclui as vendas de veículos e motos, partes e peças, material de construção e atacarejo, houve uma queda de 1,6% no volume de vendas entre março e abril, descontando os efeitos sazonais.

No entanto, em relação a abril do ano passado, o volume de vendas do setor ampliado registrou um aumento de 3,1%.

A receita nominal do varejo restrito apresentou uma queda de 0,2% em abril, comparado a março. Em relação a abril de 2022, no entanto, houve um aumento de 2,4%.

Já a receita nominal do varejo ampliado teve uma redução de 1,5% em abril, ajustada sazonalmente, mas registrou um aumento de 6,2% em comparação a abril do ano passado.

No varejo restrito, cinco das oito atividades pesquisadas apresentaram queda nas vendas. Os setores de equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-7,2%), tecidos, vestuário e calçados (-3,7%), combustíveis e lubrificantes (-1,9%), outros artigos de uso pessoal e doméstico (-1,4%) e móveis e eletrodomésticos (-0,5%) foram os mais afetados.

Por outro lado, houve aumento nas vendas de artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (0,3%), livros, jornais, revistas e papelaria (1%) e hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (3,2%).

Segundo Cristiano Santos, gerente da PMC, o consumidor tem priorizado a compra de bens essenciais devido aos juros altos e à inflação mais baixa, o que tem afetado as vendas de itens de maior valor agregado.

Além disso, as transferências do governo federal às famílias têm contribuído para a estabilidade do varejo restrito, de acordo com Isabela Tavares, da Tendências Consultoria.

Marina Garrido, do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV

Foto: internet

 

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