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São João de Deus em Divinópolis suspende procedimentos com contraste por falta de insumo 

São João de Deus em Divinópolis suspende procedimentos com contraste por falta de insumo 

Unidade informou que adota medidas como contratação de mais fornecedores para suprir demanda. Secretaria de Saúde disse que demandas urgentes devem ser encaminhadas à UPA.

A falta de insumos é um problema em vários setores e na área da saúde, o impacto é ainda maior. Nesta semana, o maior hospital do Centro-Oeste de Minas, o Complexo de Saúde São João de Deus (CSSJD), em Divinópolisparalisou temporariamente a realização de alguns procedimentos por falta de contrates iodado e gadolínio – substância utilizada em exames como tomografias e exames hemodinâmicos e cateterismo, angioplastia e colocação de stent.

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Na unidade, estão mantidos somente os procedimentos de urgência e emergência. Em relação às tomografias, estão mantidas somente em atendimentos internos. A orientação da Secretaria Municipal de Saúde (Semusa) é que demandas urgentes devem ser encaminhadas à Unidade de Pronto Atendimento (UPA).

Segundo o Complexo de Saúde, tem ocorrido um desabastecimento mundial dos contrates iodado e gadolínio, uma vez que os insumos para a fabricação destas substâncias, são importados da China, que paralisou a produção entre março e abril deste ano, como informou a Agência Brasil ao hospital.

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Procedimentos

 

Diante do desabastecimento, o estoque nacional destes contrastes estão em baixa e influenciam diretamente na realização de procedimentos que utilizam deste insumo e acarretam atraso no tratamento de pacientes.

O CSSJD informou que tem contratos com fornecedores e fabricantes desses insumos farmacêuticos, para atender de forma mensal e programada as demandas da unidade, mas desde o início do cenário de escassez foram adotadas medidas preventivas para manter o estoque como:

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  • Realização de exames contrastados somente mediante solicitações de médicos radiologistas especializados nestes exames;
  • Busca de novos fornecedores no mercado, mesmo com alta de 24% dos valores praticados;
  • Notificação ao fornecedor contratado (por este estar entregando em pequenas quantidades e, por se tratar de um desabastecimento mundial, não pode ser aplicada multa).

 

Ainda assim, nas últimas semanas, os fornecedores encontraram dificuldades para abastecer o estoque da instituição.

 

“Sendo assim, até que este seja regularizado, o Complexo de Saúde, assim como muitas instituições do país, paralisou, temporariamente, a realização de procedimentos hemodinâmicos externos eletivos, seguindo apenas com esses procedimentos de urgência e emergência, para não haver falta de assistência a esses pacientes. No que tange às tomografias, o CSSJD está realizando apenas atendimentos internos”, disse o hospital em nota.

 

Outra medida adota pelo hospital foi a contratação de mais fornecedores do insumo.

 

“Estamos fechando um novo contrato com um novo fornecedor. A diferença é que a pessoa importa o insumo e é 25% mais caro”, disse a diretora da unidade Elis Regina.

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A expectativa é que em até 10 dias a situação seja normalizada.

 

Secretaria de Saúde

 

Segundo a Secretaria de Saúde de Divinópolis, cinco pacientes aguardam a realização de exames. O diretor de regulação da Secretaria de Saúde Érico Souki disse também que a demanda de urgência deve ser encaminhada à Unidade de Pronto Atendimento (UPA), onde não há fila de espera.

“Se tiver alguma intercorrência é para se dirigir à UPA e de lá a gente encaminha para um prestador de serviço”, disse.

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O São João de Deus também informou que não tem conhecimento sobre a existência de uma fila de espera de pacientes que necessitam realizar procedimentos que precisam de contrastes.

 

SES-MG

 

A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) informou que não adquire contraste iodado e gadolínio para atendimento à população. Tais itens são de utilização hospitalar e cada hospital tem autonomia para padronizar e adquirir os itens de utilização.

A SES-MG esclarece, no entanto, que há uma crise internacional no fornecimento de diversos medicamentos e insumos médicos. Este assunto vem sendo discutido em âmbito nacional entre Ministério da Saúde, Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass).

Fonte: G1

Foto:  CSSJD/Divulgação

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