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Queda nos Lançamentos e Vendas de Imóveis Residenciais Novos no Brasil

Queda nos Lançamentos e Vendas de Imóveis Residenciais Novos no Brasil

De acordo com uma pesquisa divulgada nesta segunda-feira, 29, pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), o mercado de imóveis residenciais novos registrou queda nos lançamentos e nas vendas no primeiro trimestre deste ano.

No período de janeiro a março, os lançamentos de imóveis totalizaram 48,5 mil unidades, representando uma redução de 30,2% em relação ao mesmo período do ano passado. Já os lançamentos acumulados nos últimos 12 meses tiveram uma queda de 14,2%, chegando a 288,5 mil unidades. Quanto às vendas de imóveis novos no país, houve uma diminuição de 9,2% em comparação trimestral, totalizando 72,9 mil unidades. No acumulado dos últimos 12 meses, houve uma redução de 4,9%, alcançando 303,7 mil unidades. Com mais unidades vendidas do que lançadas, o estoque de imóveis novos (na planta, em obras e recém-construídos) registrou uma diminuição de 6,4% em um ano, chegando a 273,3 mil unidades.

José Carlos Martins, presidente da CBIC, atribuiu essa queda significativa no início do ano à visão negativa dos incorporadores sobre o futuro da economia brasileira. Segundo ele, “os números demonstram o pessimismo dos empresários com o futuro”.

Um dos principais problemas apontados pelo executivo é o nível “absurdo”, em suas palavras, da taxa básica de juros da economia (Selic), que está em 13,75% ao ano. Isso tem levado a uma migração de recursos da caderneta de poupança para outras aplicações mais rentáveis, o que reduz a disponibilidade de crédito imobiliário nos bancos. “Os agentes financeiros estão mais restritivos na concessão de crédito”, destacou o presidente da CBIC. É importante lembrar que a poupança é a principal fonte de recursos para a compra e construção de moradias de médio e alto padrão. Celso Petrucci, presidente da Comissão Imobiliária da CBIC, ressaltou que o número de lançamentos no primeiro trimestre de 2023 foi o mais baixo desde meados de 2016, o que preocupa o setor, pois essa situação pode resultar em queda no volume de obras e empregos nos próximos anos.

Petrucci também enfatizou que a queda nos lançamentos foi muito maior do que a queda nas vendas, indicando que a demanda não é o principal problema. Segundo ele, o principal obstáculo é a falta de confiança dos empresários na economia devido ao alto custo dos juros. Se essa situação persistir, é provável que o estoque de imóveis diminua ainda mais, o que poderá resultar em um aumento nos preços das moradias.

Considerando a média de vendas dos últimos 12 meses e a ausência de novos lançamentos, a oferta final de imóveis se esgotaria em aproximadamente 10,8 meses. Um ano antes, esse indicador era de 11 meses.

Queda acentuada nos lançamentos de imóveis desde 2016 

De acordo com Celso Petrucci, presidente da Comissão Imobiliária da CBIC, o primeiro trimestre de 2023 registrou o menor número de lançamentos de imóveis desde meados de 2016, o que tem gerado preocupação no setor. “Ficamos surpresos com a redução nos lançamentos”, comentou Petrucci. Caso essa tendência persista, espera-se uma queda significativa no volume de obras e no número de empregos no setor nos próximos anos.

Petrucci ressaltou que a queda nos lançamentos foi mais acentuada do que a queda nas vendas, o que indica que não há um problema de demanda. O principal desafio reside na falta de confiança dos empresários na economia devido aos altos custos dos juros. Essa situação pode resultar em uma redução ainda maior do estoque de imóveis disponíveis e, consequentemente, em um aumento nos preços das moradias.

Considerando a média de vendas dos últimos 12 meses, se não houver novos lançamentos, a oferta final de imóveis se esgotaria em aproximadamente 10,8 meses. Um ano antes, esse indicador era de 11 meses. É importante mencionar que os números divulgados pela CBIC abrangem 207 cidades brasileiras.

Queda expressiva nos lançamentos e vendas do programa Minha Casa Minha Vida

Segundo a pesquisa divulgada pela CBIC, o primeiro trimestre registrou quedas significativas nos lançamentos e vendas do programa Minha Casa Minha Vida (MCMV), que oferece imóveis populares. Os lançamentos nacionais de imóveis dentro desse programa habitacional diminuíram 41,8%, totalizando 16,8 mil unidades, enquanto as vendas recuaram 37,1%, chegando a 24,8 mil unidades, de acordo com o levantamento.

Essa situação resultou em uma perda de participação de mercado para o MCMV. Os lançamentos do programa representaram apenas 35% do total de lançamentos no início de 2023, em comparação a 42% no início de 2022. No caso das vendas, essa retração foi ainda maior, passando de 50% para 34%.

Celso Petrucci, presidente da Comissão de Mercado Imobiliário da CBIC, destacou que o Minha Casa Minha Vida perdeu significativamente a proporção que tinha no mercado imobiliário. Essa queda nas atividades do programa tem impactos relevantes, especialmente para a população de baixa renda que depende dessas oportunidades de acesso à moradia.

É importante acompanhar de perto essas tendências e buscar soluções para revitalizar o programa e impulsionar o mercado habitacional, visando atender às necessidades de habitação da população brasileira.

Foto: internet

 

 

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