“Oi tem prejuízo de R$ 835 milhões no 2º trimestre: receita despenca após venda de ativos e dívida sobe — mas a luz pode estar no fim do túnel”
O que rolou de verdade com a Oi no 2º trimestre de 2025
Prejuízo líquido de R$ 835 milhões — ou pior
A Oi reportou um prejuízo líquido de R$ 835 milhões no 2º trimestre de 2025 (2T25), revertendo o modesto lucro de R$ 15,1 milhões registrado no mesmo período de 2024.
Em algumas fontes, esse número chega a R$ 835,8 milhões — mas o impacto é o mesmo: negativo e expressivo.
Ebitda segue no vermelho
O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) operacional foi negativo em R$ 91 milhões, uma deterioração de 8,6% frente ao 2T24.
A margem Ebitda ajustada caiu para –14,3%, uma derrocada de 10 pontos percentuais ano a ano.
Receita derreteu com a venda de ativos
A receita líquida da empresa variou de fonte em fonte: R$ 684 milhões segundo a InfoMoney, R$ 714 milhões segundo IstoÉ Dinheiro e Money Times — segundo todas as variantes, uma queda brutal de cerca de 67% em relação ao 2T24.
Elas já vinham vendendo alto e agora colhem o resultado — ou melhor, a falta dele.
Receitas remanescentes — foco na Oi Soluções
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Oi Soluções (TIA para empresas): metade da receita (≈R$ 342 mi), mas caiu 23,7% em relação ao ano anterior.
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Subsidiárias (rede, manutenção, call center): R$ 267 mi (+66,8%) — lembrando que parte disso vem da prestação de serviços às antigas operações vendidas.
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Serviços legados (como chamadas de voz): apenas R$ 74 mi, com queda de 66,5%.
Cortes de custos — eficientes, mas insuficientes
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Despesas operacionais foram reduzidas em 63,9%, chegando a R$ 804 milhões.
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Queima de caixa de R$ 139 milhões (redução de 39% comparado ao ano anterior).
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Capex caiu 39%, para R$ 41 milhões.
Dívida e caixa: a espada de Dâmocles
A dívida líquida saltou para cerca de R$ 10 bilhões (R$ 10,034 bi), um salto de 50,9% em 12 meses.
O caixa disponível caiu para R$ 1,1 bilhão (–39,8%) e o fluxo de caixa ficou negativo.
Resumo conservador e sem firulas
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Prejuízo pesado e recorrente. A Oi virou o jogo de lucro em 2024 para prejuízo sólido em 2025.
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Receita despenca após venda de ativos tradicionais (TV e banda larga).
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Ebitda negativo e margem no vermelho — sinal de que o core business ainda não segura estrutura financeira.
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Estratégia emergente: Oi Soluções e subsidiárias, mas resultados ainda minguados.
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Cortes e racionalização existem, mas a dívida subiu junto — o peso dos juros é real.
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Caixa encolheu; desafio é manter a empresa operando durante a recuperação judicial.
Visão tradicional — o bom senso de sempre
É hora de voltar às bases.
A Oi está se desfazendo de operações que sustentavam sua receita — é como vender a fazenda pra pagar o imposto. O que sobra precisa ser enxuto, rentável e, acima de tudo, financeiramente sustentável.
A aposta agora é no segmento corporativo (Oi Soluções) e nas subsidiárias com faturamento estável — mas isso só funciona se os custos caem mais rápido que a receita, e a dívida não vira uma bola de neve.
O que vem pela frente:
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Cumprir com o plano de recuperação judicial.
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Aditar termos para postergar saídas de caixa, como juros — e foi o que o diretor financeiro disse que já está rolando.
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Vender imóveis ou ativos não essenciais, para levantar caixa.
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Tornar Oi Soluções autossuficiente e rentável, idealmente até fim de 2025.
FOTO: INTERNET
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