Montadoras consideram retorno do carro popular em meio a mercado estagnado
Setor automotivo busca retorno dos carros populares em meio à estagnação do mercado.
Um grupo liderado por montadoras, empresas de autopeças e concessionárias já discutiu com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) sobre a redução das vendas de carros novos em decorrência da queda do poder aquisitivo dos consumidores, juros elevados, crédito restrito e altos custos dos modelos com maior tecnologia e segurança.
A falta de escala tem gerado quase 40% de ociosidade nas montadoras, o que pode levar a demissões no setor. A Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave) pretende disponibilizar seu banco de dados para o governo a fim de “ativar a produção (de carros mais baratos) no Brasil”.
Atualmente, apenas o Renault Kwid e o Fiat Mobi são considerados carros de entrada, custando em torno de R$ 68-69 mil. O presidente da Stellantis na América do Sul defendeu a definição de um conceito de carro popular, que seria pequeno, simples, com menos equipamentos, mas seguro.
Para baratear o preço, ele propôs a redução de impostos, a definição de itens de segurança essenciais e o barateamento do crédito.
A retomada dos carros populares é discutida enquanto montadoras suspendem a produção e dão férias coletivas por falta de demanda.
Embora a venda de automóveis e comerciais leves tenha registrado um aumento em março e no trimestre, os números “não refletem a realidade”, segundo a Fenabrave.
Foto: internet
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