Nesta sexta-feira (2), o Itaú Unibanco anunciou a emissão de R$1 bilhão em letras financeiras, destinando os recursos para a compra do edifício mais caro do Brasil, conforme comunicado ao mercado.
Do montante, R$530 milhões têm vencimento em fevereiro de 2034, e R$470 milhões, em fevereiro de 2039. As letras possuem opção de recompra a partir de 2029 e 2034, respectivamente.
A emissão ocorre cerca de um mês após a aquisição à vista do imóvel onde está localizado o Itaú BBA em São Paulo, por R$1,5 bilhão.
As letras financeiras foram subscritas pela Opea Securitizadora, que emitiu Certificados de Recebíveis (CRIs) lastreados nas letras emitidas pelo banco.
A distribuição dos CRIs ocorreu por meio de oferta pública registrada automaticamente perante a CVM, destinada a investidores qualificados e profissionais.
O prédio adquirido em dezembro de 2023, por quase R$1,5 bilhão, localiza-se na avenida Faria Lima, centro financeiro de São Paulo, sendo o maior valor de venda de um ativo único no Brasil, segundo Giancarlo Nicastro, presidente da SiiLA, consultoria do mercado imobiliário comercial.
Construído pela Tishman Speyer, o edifício, chamado Faria Lima 3500, foi vendido à vista pela Brookfield. Com 22.786 metros quadrados de área privativa, o imóvel inclui garagem e seis andares de escritórios, sendo cada metro quadrado avaliado em cerca de R$64 mil.
A operação foi considerada financeiramente vantajosa para ambas as partes, conforme Nicastro, uma vez que o Itaú pagava R$371 por metro quadrado no aluguel, o mais caro de São Paulo.
A média do aluguel na região é de R$280 por metro quadrado, de acordo com a SiiLA.
O prédio está estrategicamente situado de frente para o Pátio Victor Malzoni, onde estão localizadas empresas como Google e BTG Pactual, consolidando-se como um dos pontos mais valorizados do país.
Foto: internet