Inflação caiu? Sim. Mas não comemore antes da hora.
Segundo o IBGE, o IPCA de maio subiu 0,26%, levando a inflação acumulada no ano a 5,32% — abaixo da expectativa do mercado, que projetava algo próximo a 5,5%.
Na teoria, é um sinal positivo. Na prática? Nem tanto.
📊 O que puxou essa “queda”?
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Alimentação no domicílio caiu -0,3%, ajudada por clima favorável e safras fortes (ex: batata, cebola, carne).
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Energia elétrica teve leve recuo com ajustes tarifários.
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O setor de transportes também ajudou, com combustíveis estáveis.
Mas isso tem nome: efeito pontual. Não é política econômica eficiente, é sorte de estação.
⚠️ Onde a inflação segue firme (e ignorada na manchete):
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Serviços subiram 0,5% no mês — e seguem firmes acima da média.
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Educação e aluguéis continuam pressionando o orçamento familiar.
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A inflação de núcleo (mais estável e persistente) ainda incomoda, girando acima de 6% ao ano.
Ou seja: a “queda” divulgada é parcial, frágil e não representa o custo real de vida da população.
Quem paga aluguel, estuda filho em escola particular ou precisa de serviços de saúde não viu alívio nenhum.
💣 Cuidado com a euforia de gabinete
Enquanto os números animam analistas e são usados como vitrine política, o cidadão comum ainda sofre com crédito caro, desemprego informal e salário corroído.
A taxa Selic segue em 14,75%, espremendo o setor produtivo e impedindo a retomada real da economia.
O Banco Central adota tom cauteloso — e com razão. A dívida pública ultrapassa 76% do PIB e o déficit nominal é persistente. Não há milagre: ou se corta gasto, ou o futuro será ainda mais amargo.
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🎯 Conclusão: Otimismo precoce é armadilha
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Inflação menor? Sim.
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Mas sustentável? Não sabemos.
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Política fiscal responsável? Ainda não vimos.
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E o povo aliviado? Definitivamente, não está.
📢 E você, notou algum preço caindo ou continua tudo caro como sempre?
FOTO: INTERNET
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