Impostos de Importação e o Desânimo dos Consumidores
Um estudo conduzido pela consultoria Plano CDE revela que a imposição de impostos sobre compras internacionais superiores a US$ 50 está desencorajando os consumidores.
Cerca de 66% dos entrevistados abandonaram suas compras importadas ao se depararem com o cálculo dos tributos, segundo a pesquisa encomendada pelo Grupo Alibaba, detentor de plataformas como o AliExpress.
O programa Remessa Conforme, uma iniciativa da Receita Federal, isenta de tributos de importação compras de até US$ 50, apenas incidindo o ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços), estabelecido em 17% em todo o país.
No entanto, para compras acima desse valor, é aplicado um imposto de importação de 60%, além do ICMS.
Os consumidores demonstraram uma clara preferência por evitar as compras que ultrapassam esse limite de isenção.
A pesquisa também revelou que 75% dos entrevistados são contrários ao aumento das taxas em plataformas internacionais.
De acordo com 87% dos participantes, a estratégia mais eficaz para equilibrar o mercado nacional e internacional seria reduzir as taxas dos produtos nacionais, em vez de aumentar os impostos sobre os importados.
O principal motivo apontado para o uso de plataformas internacionais é o preço mais atrativo dos produtos.
Recentemente, o debate sobre a taxação de compras internacionais foi retomado pelo governo federal, com representantes do mercado nacional pressionando por mudanças na isenção.
Enquanto isso, um relatório do Ministério da Fazenda recomendou a manutenção da cota atual, a fim de avaliar melhor o impacto do programa Remessa Conforme.
O estudo, encomendado pela empresa controladora do AliExpress, constatou que, três meses antes da pesquisa, 94% dos entrevistados haviam realizado compras pela internet, sendo que 44% delas foram feitas em lojas estrangeiras.
O Remessa Conforme, embora uma medida para agilizar entregas e combater a sonegação fiscal, é disponibilizado apenas em plataformas internacionais voluntárias, como o AliExpress, Shopee, Shein e Mercado Livre.
Foto: internet
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