“Desempenho Econômico Brasileiro em Agosto Surpreende com Queda Além das Expectativas, Revela Relatório do Banco Central”
O Brasil registrou uma queda maior do que a esperada na atividade econômica em agosto, segundo dados divulgados pelo Banco Central nesta sexta-feira (15).
O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), considerado uma prévia do Produto Interno Bruto (PIB), recuou 0,68% em agosto na comparação com julho, após ajuste sazonal.
O resultado ficou abaixo da mediana das projeções dos analistas consultados pela Reuters, que apontava uma queda de 0,55%.
Em relação a agosto de 2022, o IBC-Br teve alta de 5,86%, mas também abaixo da expectativa de 6,10%. No acumulado do ano até agosto, o indicador registrou avanço de 5,44%, enquanto nos últimos 12 meses a expansão foi de 3,26%.
A queda da atividade econômica em agosto reflete os efeitos da crise hídrica, da inflação elevada, da variante Delta da covid-19 e das incertezas políticas sobre a recuperação da economia brasileira.
Além disso, o mês de agosto foi marcado por uma menor geração de empregos formais e por uma queda na confiança dos consumidores e dos empresários.
Os dados do IBC-Br reforçam a expectativa de que o PIB do terceiro trimestre deve mostrar uma contração em relação ao segundo trimestre, interrompendo a sequência de cinco trimestres consecutivos de crescimento. S
egundo o boletim Focus, divulgado pelo BC na segunda-feira (11), a projeção para o PIB deste ano caiu pela sétima semana seguida, de 5,27% para 5,22%. Para 2023, a estimativa também recuou, de 1,76% para 1,72%.
O IBC-Br é um indicador que busca antecipar o comportamento do PIB com base em dados sobre o nível de atividade dos setores da economia.
Porém, o cálculo do IBC-Br é diferente do usado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para medir o PIB.
Por isso, o indicador do BC nem sempre mostra o mesmo resultado que o PIB oficial.
O IBGE deve divulgar os dados do PIB do terceiro trimestre no dia 30 de novembro.
Foto: internet
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