Déficit fiscal em alta: Brasil caminha para um rombo de R$ 104 bilhões em 2025
O governo federal revisou para cima a projeção do déficit primário de 2025, que agora pode chegar a R$ 104 bilhões, valor equivalente a cerca de 0,9% do PIB.
O número acende um alerta no mercado e coloca mais pressão sobre os juros, o dólar e a credibilidade da política fiscal brasileira.
📉 O que está causando esse rombo?
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Receitas abaixo do esperado
A arrecadação está crescendo menos do que o previsto, principalmente após o Congresso barrar parte das medidas do pacote fiscal de Haddad (como a reoneração da folha e a MP do PIS/Cofins). -
Gastos inflexíveis
Despesas obrigatórias — como previdência, saúde e piso da enfermagem — seguem crescendo. O novo arcabouço fiscal limita cortes sem mexer nesses pontos. -
Compensações mal definidas
A MP do IOF, que causou polêmica, ainda não tem uma fonte clara de compensação. Isso deve atrasar o envio do Orçamento de 2026.
📊 E quais as consequências?
🔺 Juros mais altos por mais tempo
Com o risco fiscal em alta, o Banco Central tende a manter a taxa Selic elevada. Isso afeta diretamente o crédito, a produção e o consumo.
💲 Dólar pressionado
A desconfiança externa com a política fiscal leva à fuga de capitais, o que empurra o dólar para cima — cotado atualmente próximo a R$ 5,54.
📉 Investimento travado
Empresários adiam investimentos diante da incerteza sobre o rumo das contas públicas. O crescimento econômico desacelera.
📉 Aumento da dívida pública
Com déficits recorrentes, a dívida bruta do país continua crescendo, o que reduz ainda mais a margem de manobra do governo.
🧭 O que está em jogo?
Se o governo não apresentar uma agenda confiável de contenção de gastos ou aumento de receitas com apoio no Congresso, o país pode entrar em uma rota de desconfiança permanente.
O resultado: inflação resiliente, juro alto, crescimento fraco — e o povo pagando a conta, como sempre.
FOTO: INTERNET
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