Comércio de Divinópolis reabre as portas após publicação de decreto
Prefeito diz que, se a microrregião de Divinópolis regredir para a onda vermelha, irá fechar a cidade outra vez
A um ponto da fase mais restritiva do programa Minas Consciente, o prefeito de Divinópolis, Gleidson Azevedo (PSC), publicou, nesta segunda-feira (11/01), decreto regredindo a cidade para a onda amarela. Com as portas fechadas desde 2 de janeiro, o comércio pode reabrir seguindo os protocolos definidos pela Secretaria Municipal de Saúde (Semusa).
A decisão do prefeito foi baseada no próprio programa que o permite escolher seguir a classificação da macro oua da microrregião. Embora, a macrorregião esteja na onda vermelha, a micro está na amarela com 19 pontos, um a menos que a pontuação mínima estipulada para a fase mais restritiva.
A nova avaliação do Comitê Extraordinária COVID-19 do governo do estado será nesta quarta-feira (13/01).
“Se a gente tiver que ir para a onda vermelha, vai para a onda vermelha, pode vir para a porta da prefeitura, gastar a buzina, pode dançar e sambar na porta da prefeitura que a gente vai cumprir a legalidade. Não vou fugir da legalidade”, declarou o prefeito.
Até lá, Divinópolis seguirá as diretrizes do programa relativas à onda amarela. A exceção fica com o bares, restaurantes e similares. O consumo de bebida alcoólica no local será permitido apenas a partir de quinta-feira (14/01) até às 23h59. Uma reunião com os representantes do segmento foi realizada na manhã desta segunda para alinhar os protocolos.
Já as lojas e os shoppings podem funcionar normalmente seguindo as normas sanitárias. Celebrações religiosas poderão ser realizadas por no máximo uma hora e as academias deverão estabelecer distância mínima de três metros entre os usuários.
Caso alguém descumpra o decreto, estará sujeito a autuação e multa a ser afixada entre o mínimo de 10 e o máximo de 1.000 Unidades Padrão Fiscal (UPFMD), ou seja de R$ 833,3 a R$ 83.330. O descumprimento também pode levar à interdição do estabelecimento.
Suporte
Para dar suporte ao retorno das atividades econômicas, o setor empresarial, por meio das entidades, vai custear uma equipe de orientadores. São 40 pessoas treinadas pela Vigilância Sanitária, que percorrerão as ruas orientando os consumidores quantos às medidas de prevenção.
Os fiscais educativos não terão poder de multa ou qualquer outro tipo de autuação.
“Falamos da nossa dificuldade, porque precisamos estar, realmente, nas ruas, nos comércios, onde está tendo aglomerações para orientarmos a população sobre a necessidade do uso das máscaras nas ruas, da necessidade de higienizar as mãos no momento que a gente entra no comércio. Não tínhamos o número de pessoas necessárias no município e pedimos que o comércio nos ajudasse e as instituições”, conta a vice-prefeita Janete Aparecida (PSC).
Outra determinação foi o retorno de 15 linhas do transporte coletivo paralisadas desde o início da pandemia.
Sinal de atenção
A decisão de avançar para a onda amarela desconsidera a recomendação do próprio Comitê Municipal de Enfrentamento à COVID-19.
O secretário de Saúde Alan Rodrigo destacou a decisão do prefeito como uma forma também de preservar a economia, além das vidas com as medidas restritivas: “Precisamos entender que este é um momento para salvar vidas inclusive de quem está desempregado. Dentro do regramento do Minas Consciente, vamos para a onda amarela, mas com uma série de restrições por parte do poder municipal”.
Mesmo reabrindo, o secretário alerta a população. “O sinal amarelo não é como o brasileiro pensa: que ele pode acelerar para chegar ao verde. É para ter atenção e cuidado ainda mais para a gente não ir para o vermelho”, destacou.
A fiscalização deverá ser intensificada com o apoio da Polícia Militar. Ela dará suporte, principalmente, no combate às festas clandestinas.
*Amanda Quintiliano especial para o EM
Fonte: EM
Foto: Divulgação/CDL