Começa nesta 6ª novo valor do teto para imóveis do Minha Casa Minha Vida
A partir desta sexta-feira (7 de julho de 2023), entram em vigor as novas regras do programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV) para a faixa 3, que atende famílias com renda mensal entre R$ 4.400 e R$ 8.000.
O objetivo do governo é ampliar o acesso da classe média ao programa habitacional, agora permitindo o financiamento de imóveis de até R$ 350 mil.
Anteriormente, o limite para essa faixa era de R$ 264 mil.
O subsídio fornecido pelo Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) para complementar a compra do imóvel também foi aumentado.
O valor máximo, que anteriormente chegava a R$ 47.500, agora é de R$ 55.000, levando em consideração fatores populacionais, sociais e de renda.
Outra novidade diz respeito às taxas de juros. Para cotistas do FGTS na faixa 3, as taxas serão de 7,66% ao ano, enquanto para profissionais não cotistas, as taxas serão de 8,16%.
De acordo com Inês Magalhães, vice-presidente de Habilitação da Caixa Econômica Federal, as mudanças permitirão que o MCMV atenda melhor a classe média, que agora poderá financiar imóveis de valor mais alto com juros mais baixos, utilizando recursos do FGTS.
Anteriormente, um imóvel de R$ 270 mil, por exemplo, não se enquadrava nos limites da faixa 3 e precisava ser financiado pelo Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE).
Agora, esse mesmo imóvel pode ser financiado pelo MCMV-FGTS, com juros mais baixos e exigindo um valor menor de entrada.
Segue abaixo um exemplo de simulação utilizando um imóvel de R$ 270 mil com parcelas em 420 vezes:
Antes, pelo SBPE: entrada de R$ 79 mil + financiamento de R$ 191 mil, com taxas de juros de 9,56% ao ano.
Agora, pelo MCMV-FGTS: entrada de R$ 54 mil + financiamento de R$ 216 mil, com taxas de juros de 8,16% ao ano.
Conforme mencionado por Inês Magalhães, a previsão é contratar 440 mil unidades para a faixa 3 do Minha Casa, Minha Vida (MCMV) ainda este ano, em comparação com as 380 mil unidades contratadas no ano passado.
No que diz respeito à faixa 1 do MCMV, as novas regras estão em vigor desde a segunda-feira (3 de julho), quando a Caixa Econômica Federal começou a receber propostas de construtoras.
Agora, o programa contratará empreendimentos menores do que os realizados anteriormente, com milhares de unidades.
Segundo Magalhães, os empreendimentos residenciais deverão ter até 200 imóveis em cidades menores e podem chegar a 750 unidades nos grandes centros urbanos. Uma das metas é incentivar o retrofit de prédios abandonados.
Uma das novidades na faixa 1 é a criação de uma subfaixa na qual as taxas de juros oferecidas para famílias com renda de até R$ 2.000 mensais serão reduzidas em 0,25%.
Essa mudança permitirá que as famílias que vivem nas regiões Norte e Nordeste obtenham financiamentos com juros de até 4% ao ano, enquanto nas demais regiões a taxa será de 4,25%.
Na outra subfaixa da faixa 1, que engloba famílias com renda de R$ 2.000 a R$ 2.640, a taxa de juros será de 4,25% no Norte e Nordeste e 4,5% nas demais regiões.
As novas regras também exigirão que os terrenos destinados à faixa 1 estejam em localizações melhores. A Caixa irá avaliar critérios como disponibilidade de infraestrutura básica urbana (energia, água e esgoto) num raio de até 300 metros dos condomínios, além de acesso a equipamentos públicos de saúde, educação e assistência social a uma distância percorrível de até 2 km.
O governo afirma que existe uma demanda reprimida por imóveis da faixa 1, que não teve lançamentos nos últimos quatro anos.
O orçamento do MCMV para 2023 prevê até R$ 10 bilhões para essa faixa, com uma meta de contratar 115 mil unidades até dezembro, de acordo com a Caixa Econômica Federal.
FOTO: INTERNET
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