BMW abandona a fibra de carbono e aposta em material de linho: inovação ou retrocesso?

A BMW anunciou oficialmente que deixará de usar fibra de carbono na fabricação de seus carros e passará a adotar um novo material composto à base de linho natural.

A mudança visa reduzir em até 40% as emissões de CO₂e na produção de peças estruturais, principalmente painéis internos e partes da carroceria.

A decisão já está alinhada às futuras exigências ambientais da União Europeia.

Por que abandonar a fibra de carbono?

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A fibra de carbono, apesar de ser leve e extremamente resistente, é cara e tem um processo de fabricação altamente poluente. O novo composto de linho promete:

• Menor emissão de CO₂ no processo produtivo;

• Maior facilidade de reciclagem;

• Boa resistência estrutural;

• Redução de custos a médio prazo.

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Carro verde ou marketing verde?

Embora a BMW afirme que o objetivo é tornar seus veículos mais sustentáveis, a medida também serve para atender pressões regulatórias e conter custos diante do avanço dos carros elétricos, que já encarecem a produção.

Ou seja, o discurso ambiental é forte — mas o interesse econômico não fica para trás.

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Além disso, a marca já utiliza esse material experimentalmente em modelos de corrida da linha Dune Taxi e em protótipos como o i Vision Circular, que antecipa a visão da montadora para 2040.

O que esperar no futuro?

Esse movimento sinaliza uma tendência clara: a era da fibra de carbono está chegando ao fim no segmento premium de larga escala.

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Outras marcas, como Mercedes-Benz e Audi, também buscam materiais alternativos, enquanto os reguladores europeus apertam o cerco por sustentabilidade real — não apenas estética.

A pergunta que fica: até onde essa substituição afetará desempenho, durabilidade e a alma esportiva dos BMWs?

FOTO: INTERNET

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