“Aluguéis disparam após concessões generosas durante a pandemia”
Aumento nos preços do aluguel no Brasil impulsionado pela retomada da demanda e renegociações abaixo da inflação durante a pandemia
Segundo o Índice FipeZap, o preço médio do aluguel no Brasil aumentou 1,61% em fevereiro, registrando oitavo avanço consecutivo e acumulando alta de 17,05% nos últimos 12 meses. Especialistas apontam que a retomada da demanda e as renegociações abaixo da inflação durante a pandemia têm sido fatores decisivos para o aumento dos preços.
A recomposição de preços é um dos principais motivos, uma vez que muitos proprietários permitiram a manutenção dos preços durante a pandemia, mas agora buscam retomar os valores normais de aluguel. Além disso, a variação dos indexadores de aluguel também contribuiu para o aumento, com muitos proprietários optando pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) ao invés do Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), que teve uma alta acumulada de mais de 37% durante a pandemia.
Todas as 11 capitais avaliadas pelo Índice FipeZap apresentaram alta nos preços, com destaque para Florianópolis (SC) e Goiânia (GO), que tiveram avanços de mais de 4% no mês e acumularam altas de 33,36% e 31,23% em 12 meses, respectivamente. O aumento nos preços do aluguel tem impulsionado a procura por apartamentos menores.
Este artigo aborda o aumento recente dos preços de aluguel no mercado imobiliário brasileiro, que pode ser explicado por diversos fatores, incluindo a inflação, o aumento dos custos de construção e a dinâmica natural de oferta e demanda. Especialistas observam que a demanda por imóveis para locação aumentou no início do ano devido ao vencimento de muitos contratos e ao aumento da procura por imóveis próximos a grandes centros comerciais.
Além disso, com o retorno gradual do trabalho presencial, muitas pessoas estão procurando imóveis menores e mais bem localizados para evitar longos deslocamentos. Embora os especialistas esperem uma desaceleração nos preços dos aluguéis nos próximos meses, eles alertam para possíveis projetos de lei que possam afetar negativamente o mercado imobiliário, como propostas para acabar com despejos ou aumentar impostos sobre aluguéis e administradoras imobiliárias.
Foto: internet
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