Alta no Preço do Boi Gordo Pressiona Inflação e Complica Trabalho do Banco Central
O recente aumento no preço do boi gordo no Brasil está causando impacto direto no custo da carne bovina, um item essencial na dieta dos brasileiros, o que pressiona a inflação e complica os esforços do Banco Central (BC) para controlá-la.
Segundo a LCA Consultores, a carne bovina deverá subir cerca de 7,9% no último trimestre de 2024, representando a maior alta para o período desde 2020.
Este cenário é agravado pela elevação da taxa Selic para 11,25% em uma tentativa do BC de conter a inflação, que deve fechar o ano em 4,6%, acima da meta de 3%.
A seca severa que prejudica as pastagens e limita o fornecimento de animais para abate está entre os principais fatores para o aumento de 33% no preço do gado nos últimos dois meses.
A menor oferta de gado pressiona frigoríficos como a JBS, que enfrenta o maior aumento de custos em quase 30 anos.
Além disso, as exportações brasileiras de carne bovina, incluindo para os EUA, cresceram 31% neste ano, impulsionadas pela desvalorização do real, aumentando a concorrência com o mercado interno.
Para 2025, analistas como Luciana Rabelo Ribeiro, do Itaú, esperam que os preços da carne bovina continuem subindo, pressionando o valor de outras proteínas e itens alimentares.
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Embora alguns, como Edison Ticle, da Minerva, considerem o aumento sazonal, a tendência de alta pode se manter, agravada pela queda no rebanho após um abate elevado nos últimos anos devido aos preços baixos em 2022.
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Com a proximidade das festas de fim de ano, a demanda por carne bovina pode crescer ainda mais, especialmente com a injeção de recursos do décimo terceiro salário.
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Nesse contexto, tanto produtores quanto consumidores devem continuar sentindo os impactos da alta dos preços, o que gera preocupação sobre até que ponto o consumidor final conseguirá absorver esses aumentos.
FOTO: INTERNET
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